Preferência de Dilma por empresários comprova que PT via governo como negócio, diz tucano
A presidente afastada Dilma Rousseff destinou a maior parte de sua agenda de audiências a encontro com empresários, com pouco espaço para parlamentares e representantes da sociedade civil. Os dados estão em reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (15). Para o deputado federal Izalci (PSDB-DF), a preferência de Dilma por empresários corresponde à lógica implementada pelo PT na gestão do país.
“Como o governo para o PT era um negócio, é natural que o índice de diálogo com os empresários fosse maior. O que aconteceu na operação [Lava Jato] foi exatamente isso, priorizou-se a questão do negócio e a participação do Legislativo foi mínima, o diálogo foi muito pequeno. Dilma não ouvia os deputados, só passou a ter um contato maior com o início do processo de impeachment”, ressaltou o tucano.
Izalci disse ainda que a situação desmente uma das promessas apresentadas pelo PT, a de que o partido “governaria para todos”. Na avaliação do parlamentar, o quadro revela ainda que a petista teve um governo “todo conduzido pelo marketing”.
“O cara mais importante do governo, até a prisão, foi o marqueteiro João Santana. O governo de Dilma foi todo conduzido pelo marketing. Então, a fala foi uma e a prática outra. Um discurso muito bonito, mas na prática ela não teve nenhum sensibilidade na articulação com o Congresso, totalmente diferente do que o [presidente em exercício] Michel Temer, que tem um apoio grande porque dialoga”, criticou o parlamentar.
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