Preso na Lava Jato, ex-tesoureiro do PT continua na prisão por não ter dinheiro para a fiança

Imprensa - 24/12/2016

Paulo Ferreira ex-tesoureiro do PT FOTO AGENCIA CAMARABrasília (DF) – A defesa do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, preso na Operação Lava Jato, alegou à juíza federal Gabriela Hardt, substituta do juiz Sergio Moro em suas férias, que o petista não tem imóveis ou dinheiro para pagar a fiança de R$ 1 milhão estipulada pela Justiça. A prisão de Ferreira foi revogada por Moro há uma semana, mas o ex-tesoureiro permanece preso porque não fez o recolhimento do valor estipulado. As informações são de reportagem deste sábado (24) do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com os advogados de Paulo Ferreira, foi feito um contato “com toda a família do acusado e todos afirmaram que não existe a menor condição econômica ou financeira do recolhimento de qualquer valor a título de fiança”.

Desde que a fiança de R$ 1 milhão foi estipulada por Moro, a defesa do ex-tesoureiro entrou com dois pedidos de reconsideração, alegando que o petista está desempregado e com dívidas. O primeiro pedido foi negado por Moro, e o segundo por Gabriela Hardt, que decidiu que Ferreira deveria indicar um imóvel para recolhimento, exigindo um bem desembaraçado de ônus como caução real.

A defesa rebateu informando que o bloqueio de até R$ 755.967,00 determinado pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, na Operação Custo Brasil, encontrou “tão somente o montante de R$ 1.960,96”, não encontrando qualquer valor em banco ou imóveis no nome do petista. Os advogados de Ferreira querem que o pagamento da fiança seja substituído por outras medidas, como o impedimento de deixar o país, mudar de endereço ou viajar sem comunicação prévia.

Vale lembrar que, interrogado por Moro, Paulo Ferreira confessou que o PT trabalha com recursos não contabilizados. O ex-tesoureiro disse ainda que “negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é negar o óbvio”.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

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24/12/2016