Processo de investidores internacionais contra Petrobras é fruto da irresponsabilidade do governo Dilma, afirma Gomes de Matos
Ainda no início de um longo processo de recuperação após ser vítima do maior escândalo de corrupção da história do país, a Petrobras segue sendo prejudicada pelas irregularidades cometidas em sua gestão durante os governos petistas. Prova desta “herança” é o processo aberto nesta terça-feira (24) por um grupo de investidores internacionais em um tribunal em Roterdã, na Holanda, pedindo ressarcimento em razão das perdas financeiras decorrentes do petrolão.
Como revela matéria publicada pelo portal UOL, o grupo defende, em um documento em 172 páginas encaminhado à Justiça, que os investidores internacionais tiveram perdas bilionárias por conta de “significativas” baixas contábeis em ativos e de um “declínio acentuado dos preços das ações da empresa”. Segundo a reportagem, o alvo desses investidores são as perdas registradas na Bovespa e mercado relacionados, além de títulos emitidos pela subsidiária Petrobras Global Finance.
O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) acredita que a ação do grupo estrangeiro demonstra que os reflexos negativos dos crimes cometidos na gestão da estatal durante as administrações do PT ainda estão longe de ter um fim. Para o tucano, a falta de responsabilidade da ex-presidente Dilma Rousseff, tanto no Conselho de Administração da Petrobras quanto no governo federal, teve papel decisivo no processo de deterioração enfrentado pela petrolífera.
“Para mim não é surpresa [o processo de investidores internacionais], porque nós, no ano passado, presidimos uma comissão externa que acompanhava toda a questão da Petrobras, e nos relatos da CPI da Petrobras ficou patente a irresponsabilidade da Dilma, quando ainda era do Conselho da Petrobras, quando foi ministra de Minas e Energia, quando foi presidente, então o que nós estamos vendo é que, cada vez mais, a coisa não chegou ainda no fim do poço, todo dia surgem novas denúncias, e surge a clareza da irresponsabilidade do governo do PT e de muitos de seus aliados”, avaliou o parlamentar.
Apesar da situação ainda difícil vivida pela Petrobras, Gomes de Matos destaca que a nova gestão da estatal, liderada por Pedro Parente, aliada a importantes projetos liderados pelo PSDB, como a Lei das Estatais, do senador Tasso Jereissati (CE), e as novas regras de exploração do pré-sal, idealizadas pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra, tem extrema importância no processo de restruturação da estatal.
“O ex-ministro Pedro Parente, hoje presidente da Petrobras, tem buscado restabelecer a credibilidade da Petrobras, e o Congresso Nacional, aprovando a nova pactuação do pré-sal, permitindo que empresas internacionais possam também aplicar capital, seus investimentos na Petrobras, tem feito com que nós possamos ter essa retomada – que não é a curto prazo – dessa grande empresa, que é um patrimônio do povo brasileiro. E também através do senador Tasso Jereissati, que encabeçou o relatório para que as estatais não fossem mais cabide de emprego de políticos, como foi toda a direção da Petrobras e as demais estatais, que viraram cabide de emprego do PT e seus aliados no governo”, salientou o deputado.
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