Procuradores apuram se amigo de Lula foi beneficiado com empréstimos do BNDES
Figura emblemática nas investigações da Lava Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode ter sido beneficiado em empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 2008 e 2012, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, estão sob suspeita do Ministério Público e da força-tarefa da Lava Jato empréstimos como o concedido ao Grupo São Fernando, de usinas de álcool, de mais de R$ 500 milhões em três operações, além das participações do BTG Pactual, do falido BVA e do Grupo Bertin.
O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) não vê coincidências no ocorrido, e acredita que a operação seja mais uma da série de irregularidades cometidas por pessoas ligadas ao PT.
“O estado brasileiro ficou a serviço de um partido e não da sociedade. É isso que aconteceu. Veja o caso de José Carlos Bumlai, desse novo empréstimo, dessa nova descoberta que faz a Operação Lava Jato. Mais de R$ 500 milhões emprestados ao amigo do rei.”
Segundo registros do BNDES, três dos seis pedidos de empréstimos feitos por Bumlai quando ele estava na beira da falência foram concedidos. Dois deles foram para a usina São Fernando Açúcar e Álcool, no valor de R$ 395,1 milhões, entre 2008 e 2009, dos quais apenas R$ 252 milhões foram pagos até hoje.
O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) atribui a essas operações os problemas financeiros enfrentados hoje pelo banco. Para o parlamentar, as relações do BNDES com empresários eram permeadas por fatores políticos e corrupção.
“Existem já vários exemplos de que efetivamente os recursos do BNDES pactuado com as empresas sempre tinham um elemento de corrupção. Sempre tinham recursos que retornavam para o PT e seus aliados se perpetuarem no poder”, afirmou.
Bumlai deve ser condenado ainda neste ano por empréstimo fraudulento para o PT, em 2004, de R$ 12 milhões, no Banco Schahin. Um contrato da Petrobras de US$ 1,6 bilhão foi usado para pagar o dinheiro.
Clique aqui para ler a íntegra da reportagem do Estado de S. Paulo