Produção da indústria oscila e recua em abril, após maior avanço em seis anos

Notícias - 25/05/2017

A produção da indústria brasileira segue instável e encontra obstáculos para se recuperar da crise econômica enfrentada pelo país há mais de dois anos. Uma sondagem divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o indicador de evolução da produção caiu de 54,8 para 41,6 pontos entre março e abril. O valor ficou abaixo até mesmo do fraco abril de 2016. Com isso, recuam também a expectativa de emprego no setor e o nível de utilização da capacidade instalada. No entanto, segundo a CNI, é comum observar a diminuição da atividade industrial entre esses meses, e outros fatores, como os feriados e paralisações, também influenciam nesse resultado.

Economista e deputada federal, Yeda Crusius (PSDB-RS) lembra que, apesar do recuo, medidas econômicas e ações para o setor produtivo já provaram sua eficiência, e renderam o maior avanço da produção industrial em seis anos.

“Todo o otimismo frente ao grande de praticamente três anos seguidos, 2014, 2015 e 2016, quando 2017 começa com a coisa mais importante, que é parar de cair e, em março, começa a subir, aí sim a gente sabe que a economia está em seu caminho mais virtuoso. O dado de abril tem muito a ver com a nossa cultura de feriados. E quanto tem feriados em dias úteis, tudo na economia recua. É menos trabalho, produção e renda.”

Para impulsionar e consolidar a indústria nacional, Yeda aponta que é fundamental dar continuidade às políticas econômicas em curso. Por meio do programa Brasil Mais Produtivo, o governo disponibilizou mais de R$ 53 milhões para o desenvolvimento de projetos inovadores de empresas industriais. Além disso, a equipe econômica tem atuado para conter a inflação e estimular a queda dos juros, o que atrai investimentos.

“A continuação das políticas econômicas que vinham sendo feitas é vital. Nós sabemos o que fazer com a economia, que é exatamente o que já vinha sendo feito: baixar a taxa de juros, por meio da redução da inflação, evitar baixar artificialmente em preços e câmbio. E isso se recomeça a fazer quando o sinal abrir”, disse a deputada.

O recuo na evolução também puxou para baixo o índice de intenção de investimentos, que caiu 0,4 ponto na comparação de abril e maio, ficando em 46,6 pontos neste mês. O número sinaliza que os empresários ainda observam o cenário econômico com cautela.

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25/05/2017