Protesto na ONU contra governo Temer tem impacto internacional “próximo de zero”, diz ministro José Serra

Imprensa - 21/09/2016

LBJR_Comissao-Especial-Petrobras-e-Pre-Sal-camara-deputados_00306072016Brasília (DF) – O ministro das Relações Exteriores brasileiro, José Serra, reagiu ao protesto feito pelas delegações da Venezuela, Equador, Costa Rica e Nicarágua, que deixaram a plenária da Organização das Nações Unidas (ONU) durante o discurso de abertura do presidente Michel Temer, na 71ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (20), em Nova York. Para o chanceler brasileiro, o gesto dos países tem impacto internacional “próximo de zero”.

As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira (21) pelo jornal O Estado de S. Paulo. Serra ressaltou que a ONU possui quase 200 países membros, e as nações bolivarianas que protestaram contra Temer não representam um número significativo. Já o assessor para Assuntos Internacionais de Temer, Fred Arruda, salientou que a resposta à manifestação dos quatro países está no próprio discurso feito por Temer.

“Coexistem hoje em nossa região governos de diferentes inclinações políticas. Isso é natural e salutar”, disse o presidente, em seu pronunciamento. “O essencial é que haja respeito mútuo e que sejamos capazes de convergir em função de objetivos básicos, como o crescimento econômico, os direitos humanos, os avanços sociais, a segurança e a liberdade de nossos cidadãos”, declarou.

Ainda assim, o ministro Serra afirmou que o governo brasileiro ficou “surpreso” com a decisão do presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Sólis, que além de se retirar da plenária durante o discurso do presidente brasileiro, divulgou nota pelo Twitter dizendo-se preocupado com “certas atitudes e ações, que querem se passar por democráticas”.

Por orientação do chanceler brasileiro, o secretário executivo do Itamaraty, Marco Galvão, convocou o embaixador da Costa Rica no Brasil, Jairo Gabel Bermúdez, para “esclarecer” o gesto do país na ONU e a nota emitida por sua chancelaria. Vale destacar que a convocação de um embaixador de um país é um dos mais severos atos de descontentamento da diplomacia com uma outra nação.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

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21/09/2016