PSDB 2000: A Hora da Social-Democracia
O PSDB encara o ano 2000 como uma larga avenida para avançar política e eleitoralmente. Frente às dificuldades excepcionais de 1999, tivemos coragem política para apoiar e defender o Governo, sempre firmes ao lado de nosso companheiro e presidente da República, o tucano Fernando Henrique.
Agora, estamos saindo da turbulência revigorados por duas certezas: o Brasil é maior do que a crise e a condução responsável dos seus problemas não pode ser trocada por medidas demagógicas de fáceis mas efêmeros resultados.
Temos orgulho do muito que realizamos no governo federal, nos governos estaduais e nas prefeituras tucanas, e consciência do muito que temos ainda a fazer.
Mantivemos a confiança no Brasil e em nosso projeto de reformas. Preservamos nossa estratégia de alianças, política fundamental para o avanço das reformas econômicas e sociais, e para dar ao país a tranqüilidade institucional imprescindível no combate à crise. Além disso, essas alianças afirmam-se como um exemplo e uma sólida contribuição à cultura democrática no Brasil, permitindo não só a convivência, mas a conciliação entre diferentes em favor das maiorias e dos interesses nacionais.
O PSDB é um partido singular na política brasileira. É a primeira legenda de centro-esquerda que chega ao poder e – o que é mais importante – prova sua capacidade de governar. Conseguimos isso porque somos capazes de somar com aqueles que pensam diferente de nós. Mas conseguimos, sobretudo, porque temos propostas que convencem a sociedade e, assim, atraem os aliados. Temos, em suma, uma identidade ideológica que nos diferencia. Podemos definir essa identidade à luz da história da social-democracia no mundo. E mais, estamos traduzindo nossas idéias social-democratas na prática e na rotina de governo. Social-democratas, exercemos a moderna política de centro-esquerda: estamos sintonizados com as mudanças tecnológicas, culturais e sociais que revolucionam o mundo nesta virada de século. Por isso nos jogamos a fundo para modificar as estruturas obsoletas que impediam o Estado brasileiro de cumprir seu papel no desenvolvimento do país.
Mas somos social-democratas, sobretudo, porque temos compromisso concreto com um desenvolvimento que signifique mais emprego, dignidade, igualdade e bem-estar para a maioria pobre e trabalhadora do nosso povo. Por isso não hesitamos em afrontar privilégios na luta para abrir o Estado às aspirações da maioria. Nossas ações no campo da educação, da saúde, da reforma agrária, da previdência, têm todas a marca desse compromisso com a democratização efetiva do Estado. No momento em que nos preparamos para uma nova arrancada política, é importante que cada companheiro tucano se dedique a conhecer essas realizações. Para saber defendê-las com orgulho, e mais: para poder elaborar e discutir com a sociedade as novas propostas da social-democracia brasileira. Fizemos muito. Temos ainda muito o que lutar para fazer vingar no Brasil os nossos ideais de democracia e justiça social. Em 2000, vamos recobrar a disposição de luta que nos consagrou nas campanhas de 94, 96 e 98, com as duas vitórias do companheiro Fernando Henrique e o espetacular crescimento do PSDB nos estados e municípios. Com muita garra e confiança em nós mesmos, vamos botar a cara nas ruas e buscar nas urnas de outubro próximo a renovação do apoio popular ao jeito tucano de governar.