PT lança apenas a metade do número de candidatos que tinha nas últimas eleições municipais

Imprensa - 23/08/2016

urna-eletronica10Um dos efeitos mais visíveis da perda de credibilidade do PT é o baixo número de candidatos que a legenda tem nas eleições municipais deste ano. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 23.599 petistas disputarão o pleito de outubro, entre postulantes ao cargo de prefeito, vice-prefeito e vereador. O número representa uma queda de 47,2% em relação a votação de 2012, segundo matéria publicada pelo jornal Valor Econômico nesta terça-feira (23).

Com a brusca queda, o PT foi o partido que mais candidatos perdeu entre as legendas grandes, médias e pequenas. Somente o nanico Partido Comunista do Brasil (PCB) perdeu mais candidatos proporcionalmente, com uma queda de 57% na comparação com o pleito realizado há quatro anos.

O deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) acredita que a situação é um reflexo imediato dos inúmeros escândalos de corrupção envolvendo o PT e da falta de credibilidade da sigla após os erros cometidos pela presidente afastada Dilma Rousseff.

“Há uma relação direta entre a queda do prestígio, da confiança, da credibilidade e do aumento enorme da rejeição do PT, com tantos escândalos, corrupção, a Lava Jato. Tudo isso fez com que o PT conseguisse praticamente metade dos candidatos que teve há quatro anos”, ressaltou o tucano, que espera que esta seja a pior eleição para o PT nos últimos anos.

Prefeituras

A queda na representatividade petista também pode ser vista na análise isolada dos candidatos às prefeituras por todo o país. Em 2012, foram 1.901 concorrentes do PT; em 2016, este número despencou para 992, o que representa uma retração de 47,8%. Ex-prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi acredita que o enfraquecimento petista nas prefeituras municipais intensificará o processo de retomada da confiança no país, iniciado com o afastamento de Dilma.

“Eu entendo que isso [menos candidatos do PT à prefeitura] vai ser positivo para a retomada do crescimento, porque há hoje um sentimento não apenas de rejeição, mas de total desconfiança deste governo e das representações que ele tem”, salientou o tucano. A consolidação do impeachment, com o afastamento da presidente Dilma, e a diminuição da representação do PT no Brasil vão contribuir para a retomada da confiança do país, do ambiente de negócios, do cenário de retomada do crescimento que o Brasil precisa ter”, completou o parlamentar.

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23/08/2016