Queda no faturamento do setor de internet é o “mais emblemático” indicador da crise deixada por Dilma, afirma Nilson Pinto
O faturamento do setor de internet no país vai recuar pelo segundo ano consecutivo no país, como resultado direto da grave recessão econômica deixado pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com estudo divulgado nesta terça-feira (18) pela Associação Brasileira de Internet (Abranet), o segmento vai faturar R$ 139 bilhões em 2016, uma queda de 1,41% na comparação com os R$ 141 bilhões de 2015. O setor havia faturado R$ 144 bilhões em 2014. As informações são de matéria publicada pelo jornal O Globo.
“Comparado aos demais setores da economia, o impacto da crise foi menor, mas, ainda assim, negativo. Houve muitos cancelamentos e renegociações de contratos nas empresas. No capítulo do emprego, também deixamos de crescer ao ritmo que vínhamos crescendo, e o nível de vagas está se mantendo estável”, destacou o diretor presidente da Abranet, Eduardo Parajo à reportagem de O Globo.
Na visão do deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA), membro suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, as consecutivas quedas de faturamento apresentadas por um setor que, nos últimos anos, se expandiu a passos largos tanto no país como no mundo, é um indicador da extensão da gravidade da crise que afetou o Brasil durante a gestão petista.
“Um setor que, no mundo inteiro, avança – e avança com muita força -, que é um sinônimo de modernidade, que é sinônimo de contemporaneidade, aqui no Brasil foi absolutamente dragado pela crise, como todos os demais setores, e está patinando, está regredindo. Talvez esse seja o mais emblemático de todos os indicadores que nós podemos apontar para avaliar o nível catastrófico da gestão que felizmente se foi, que atormentou o Brasil por vários anos”, avaliou o parlamentar.
Apesar dos resultados negativos, o tucano acredita que o segmento de internet no país deve se recuperar com as novas medidas anunciadas pelo governo do presidente Michel Temer para a área econômica. “A nossa expectativa é de que este seja o último exercício em que este setor navega em águas turbulentas. Com a retomada da capacidade de administrar o Estado que nós estamos vivendo agora, e certamente seguida pela melhora das condições econômicas, o setor vai não apenas voltar a crescer, como certamente vai ser um dos setores que vai puxar o novo desenvolvimento do Brasil”, acrescentou.
A matéria do jornal O Globo ainda destaca a importância do setor atualmente na economia. Segundo a reportagem, 326 mil pessoas estão hoje empregadas no segmento. Além disso, a área de internet contribui com cerca de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, reunindo 103 mil empresas (o que representa um crescimento de 335,2% em relação às 23 mil instituições em 2000).
Para Nilson Pinto, os maus resultados apresentados pelo setor afetam diretamente a juventude, uma vez que a área de internet emprega, atualmente, uma parcela significativa de jovens brasileiros.
“Esse é o segmento que mais envolve a participação da juventude porque envolve, acima de tudo, criatividade. O ambiente virtual é um ambiente onde a criatividade se manifesta com maior intensidade e os jovens têm aí o seu ambiente mais propício para crescer”, salientou o deputado.
“A ampliação das redes sociais, do espaço de trabalho na geração de tecnologias inovadoras dentro dessa área é uma constante, e isso realmente abre um espaço fantástico para a juventude. Infelizmente, esse espaço foi tolhido, foi contido nesses últimos anos por conta da dificuldade de crescimento e até por retrocessos que houve. Felizmente, esperamos que a gente tenha condições de voltar a crescer – e temos todas as condições para isso agora – e comecemos nesse setor também a reverter o quadro que acentuou o desemprego no país”, concluiu Pinto.
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