Queda no preço da gasolina desacelera inflação semanal após saída de Dilma

Notícias - 23/08/2016

Em alta desde 2009, a gasolina ficou mais barata da segunda para a terceira semana do mês de agosto e contribuiu para a desaceleração da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S). Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a variação de preços recuou de 0,48% para 0,39% nesse período. A queda no preço do combustível é um alívio para os consumidores, que chegaram a pagar, no ano passado, até 32% a mais pela gasolina do que o valor praticado pelo mercado internacional.

Entre os grupos de despesas pesquisados pela FGV, também registraram altas menores saúde e cuidados pessoais, vestuário e comunicação, como revela matéria publicada nesta terça-feira (23) pelo Portal G1.

O economista e deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) explica que essa variação positiva traduz a estratégia de determinação dos preços administrados adotada pelo governo do presidente em exercício Michel Temer, que leva em consideração os valores do mercado.

“Essa política atual – que permite a flutuação de preços em função da oferta do produto e do custo real – vai permitir, ao mesmo tempo, a melhoria da economia brasileira e da própria empresa, que vai passar a observar os ditames do mercado. Então uma adequação ao mercado é boa para a empresa e o país.”

A estabilidade na variação do valor da gasolina é observada por especialistas como uma oportunidade de seguir uma política de preços de combustíveis sem fortes interferências governamentais. Pelas regras, a Petrobras é responsável por ajustar periodicamente as tarifas, buscando manter equivalência em relação ao mercado. Mas Rogério Marinho lembra que, no governo Dilma Rousseff, os preços estipulados sofreram forte intromissão, e junto com a corrupção, causaram perdas bilionárias na Petrobras e impactaram negativamente a economia brasileira.

“A Petrobras, que há poucos anos era uma das maiores empresas do mundo, sofreu com dois grandes problemas. Um deles foi a corrupção sistêmica, que a Operação Lava Jato está desnudando. Outro problema da Petrobras foi a gestão. A contenção de preço no momento da alta do petróleo, e a manutenção de um preço alto com a diminuição do mesmo petróleo – que baixou praticamente pela metade – não só prejudicou a empresa, como impactou fortemente a economia brasileira.”

Clique aqui para ler a íntegra da reportagem do Portal G1.

 

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23/08/2016