Receita investiga 22 pessoas em esquema descoberto pela Operação Custo Brasil

Imprensa - 05/07/2016

receita-federal-agendamento-onlineBrasília (DF) – Pelo menos 22 pessoas físicas deverão ser fiscalizadas pela Receita Federal por terem participado do esquema de corrupção revelado pela Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. Deflagrada no dia 23 de junho, a Custo Brasil investiga o pagamento de R$ 100 milhões em propinas referentes a contratos de prestação de serviços de informática, intermediados pela empresa Consist entre 2010 e 2015. O sistema operou no Ministério do Planejamento, de acordo com a acusação.

Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (5) pelo jornal O Globo, técnicos da inteligência da Receita estimam que o número de contribuintes investigados deve subir com o avanço das apurações. O potencial de autuações já chega a R$ 115 milhões.

A Consist prestava serviços na gestão de crédito consignado para servidores públicos com bancos privados. A empresa é suspeita de superfaturar as taxas cobradas nos empréstimos para desviar recursos, tendo beneficiado servidores, políticos e o Partido dos Trabalhadores. Vale lembrar que entre os investigados da Operação Custo Brasil está o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações Paulo Bernardo, acusado de ser um dos beneficiários do esquema.

Além das investigações da Custo Brasil, a Receita Federal também já autuou 24 pessoas físicas no âmbito da Lava Jato, em um total de R$ 40 milhões que pode chegar a R$ 100 milhões até o final do ano. Dessas 24, apenas três pessoas tiveram a fiscalização encerrada. Os demais 21 envolvem políticos, diretores de empresas, empreiteiras e da Petrobras.

Os crimes tributários identificados no esquema de corrupção envolvem propinas, sonegação de rendimentos recebidos de “trusts” e pagamentos feitos no exterior em valores não compatíveis com os rendimentos declarados à Receita.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Globo.

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05/07/2016