Receitas de construtoras têm a maior queda dos últimos 8 anos com crise econômica
As empresas brasileiras de engenharia tiveram nos últimos dois anos a maior queda de receita desde 2008. Segundo levantamento da revista “O Empreiteiro”, o recuo é de 43%, caindo de R$ 131 bilhões em 2013, antes do início da Operação Lava Jato, para R$ 75 bilhões em 2015. A diminuição na atividade econômica deve-se à paralisação dos projetos da Petrobras, que costuma ser a maior cliente de empresas desse ramo.
Há cerca de cinco mil construções paradas no Brasil, segundo autoridades do governo Michel Temer. Em grandes obras, como a construção de ferrovias, houve encolhimento significativo em 2015, o que colabora com a redução da receita das empresas de engenharia.
O economista e deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) relaciona a baixa atividade do setor com a Operação Lava Jato e o governo afastado.
“A questão também foi a própria eclosão do processo da Lava Jato, que tem um efeito negativo de curto prazo. O fato é que o tecido social estava necrosado. A economia estava envolta em um processo de troca de favores, de corrupção institucionalizada, que penalizava o país e a economia como um todo. Então, é evidente que no primeiro momento a gente tenha esse efeito de redução pela corrupção institucionalizada que estava inserida dentro do governo como um todo.”
Para o deputado Rogério Marinho, a economia brasileira deve se reerguer a partir da conclusão do processo de impeachment e adoção de ajustes fiscais no país.
“A economia vive de expectativa. A hombridade é política. E se você tem estabilidade política, você tem horizontes, você tem possibilidades de planejar o futuro. Principalmente, com a possibilidade que nós temos de fazer um ajuste fiscal para adequarmos o estado ao tamanho da nossa sociedade”, afirmou o tucano.