Recessão prolongada faz economia de 12 estados e do DF retroceder ao patamar de 2010, diz pesquisa
A recessão econômica que atingiu o Brasil durante os governos do PT se alastrou por todos os estados e fez com que 12 unidades federativas e o Distrito Federal retrocedessem seus índices econômicos aos patamares de 2010. Um estudo feito pela Tendências Consultoria Integrada revelou que nem as regiões mais ricas do país, como Sudeste e o Sul, foram poupadas.
Segundo o levantamento, os prejuízos foram maiores nos quatro estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), no Rio Grande do Sul e Paraná, no Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e na Bahia, além do Distrito Federal.
Para o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), o Rio de Janeiro foi o estado mais afetado pela crise, em especial pela queda na atividade da indústria do petróleo, que na opinião do tucano é uma das bases fundamentais da economia do estado.
“O Rio de Janeiro sofre de maneira muito grave as consequências da tragédia econômica que foi o governo do PT. O governo do estado não se planejou e em função disso a administração pública vive uma situação de colapso”, afirmou Leite.
O economista Adriano Pitoli acredita que o baixo resultado é decorrente da má administração da economia brasileira durante os governos Dilma Rousseff. Para ele, os estados mais industrializados e que tinham uma dinâmica econômica atrelada às políticas do governo terão maiores dificuldades em se recuperar. É o caso de Pernambuco e do Rio de Janeiro.
De acordo com o estudo, o Amazonas teve a maior queda acumulada de PIB (12,2%) no biênio 2015 -2016. O Espírito Santo teve o segundo pior desempenho com recuo de 11,5% no mesmo período. O PIB do Rio de Janeiro encolheu 7,2%, seguido de São Paulo com encolhimento de 6,9%.
Otávio Leite disse que a queda do PIB do Rio de Janeiro não surpreende e que a saída para o estado depende da compreensão do governo federal na pactuação de um programa de recuperação fiscal. “O Rio de Janeiro sem dúvida é o estado mais afetado na federação pela recessão prolongada e tem uma capacidade de refletir e reverberar no país como um todo. Por esse fato é que a União não pode fechar os olhos para o Rio”, concluiu.
Apesar dos números ruins, a pesquisa da Tendências estima que todas as regiões do país voltarão a crescer em 2017.