Redução da taxa de juros sinaliza retomada da economia, afirma Flexa Ribeiro

Imprensa - 20/10/2016

flexa_interna6A decisão do Comitê de Política Monetária de reduzir 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros – que agora passa a ser de 14% – deve trazer um alívio para a atividade econômica e, principalmente, para as contas do governo. Especialistas avaliam que essa queda representará imediatamente uma economia de R$ 4,7 bilhões aos cofres públicos nos próximos 12 meses, valor que seria descontado dos juros da dívida pública diretamente indexado à Taxa Selic, e que hoje está em R$ 1,8 trilhão. O efeito indireto dessa redução pode impactar ainda mais, com um desconto que chegaria a R$ 10 bilhões, se levado em consideração o estoque total da dívida pública, que é de mais de R$ 4 trilhões. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) acredita que, mesmo com a crise evidente em diversos setores, o Brasil já começa a gerar expectativas positivas na economia real.

“É uma boa sinalização para a sociedade – em um momento de crise pela qual passa o nosso país – a redução da taxa de juros, mesmo que tímida. É indicativa de que o Copom vê a economia do país com sinalização de retomada”, afirmou o tucano.

Além de abrandar a dívida pública, a redução da taxa de juros também pode ajudar a melhorar a dinâmica da economia, com expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto do país após dois anos de recessão. O juro menor tende atrair o setor externo e favorecer a exportação da indústria e da agropecuária. Flexa Ribeiro acrescenta ainda essa movimentação da economia pode trazer à normalidade as arrecadações dos entes federativos, o que impacta diretamente na qualidade de vida da população.

“A economia não aquecida faz com que as arrecadações da União, dos Estados e dos municípios sofram quedas, trazendo dificuldade para que os entes federados cumpram com as suas obrigações com a população”, destacou.

O senador ressaltou que a baixa dos juros deve ser acompanhada de controle dos gastos públicos, e que por isso a proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto para esses gastos precisa ser aprovada no Congresso.

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20/10/2016