Referência para reajuste de contratos, IGP-M cai pelo segundo mês seguido

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,93% em maio, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. Já é a segunda queda mensal consecutiva do índice, que recuou 1,1% em abril. Na prática, esse indicador, formado por outros três índices de preço do mercado, é a principal referência para reajustes em contratos imobiliários, energia elétrica, mensalidade de escolas, universidades e alguns tipos de seguro. O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) observa que essa deflação é um alívio para o bolso do consumidor.
“Quanto menor a inflação, menor o repasse dos outros preços. Esses materiais de consumo, e também a alimentação, pesam muito no índice. Isso é importante para mantermos a inflação baixa, a taxa de juros caindo. Isso reflete em todos os índices”, declarou.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e que corresponde a 60% do IGP-M, caiu 1,56% em maio. No mês passado, ele também foi o principal agente responsável pela deflação do índice geral, após retroceder 1,77%. Soma-se a esse resultado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que desacelerou 0,29% em maio, influenciado principalmente pela queda no preço dos alimentos. Izalci acrescenta que os números da economia sinalizam que o país segue rumo à estabilidade, impulsionada principalmente pelas mudanças e reformas que tramitam pelo Congresso.
“O mercado acompanha isso. No momento em que, por exemplo, no auge da crise, a gente conseguiu votar oito medidas provisórias, já demonstra que acima da questão política, as instituições estão funcionando bem. Isso reforça a estabilidade, e por isso que houve a deflação. Há uma perspectiva de que as coisas estão funcionando, caso contrário, a inflação dispararia”, apontou.
O Índice Geral de Preços – Mercado é calculado com base em preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.