Reflexos da crise: Brasil perdeu mais de 750 mil empregos formais até outubro deste ano

Imprensa - 26/12/2016

seguro_desemprego_1Brasília (DF) – A maior crise econômica de que o Brasil já teve notícia continua a trazer reflexos negativos para a população, mesmo após a saída da ex-presidente Dilma Rousseff do cargo. Até outubro deste ano, mais de 751 mil postos de trabalho com carteira assinada foram eliminados, segundo o Ministério do Trabalho. Em dois anos, a baixa já chega aos 2,3 milhões de postos de trabalho. As informações são de reportagem publicada nesta segunda-feira (26) pelo portal G1.

Outubro de 2016 também terminou como o 19º mês seguido em que o número de demissões superou o de contratações no país. A taxa de desemprego só não é maior porque também aumentou o número de pessoas que desistiram de procurar emprego, por conta da dificuldade em encontrar uma vaga. Como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) só considera como desempregado o indivíduo que procurou emprego nos últimos 30 dias, quem não se encaixa nessa categoria está no chamado “desalento”.

Segundo o IBGE, considerando o desalento e os trabalhadores subutilizados, atualmente falta trabalho para cerca de 23 milhões de brasileiros.

“A taxa de desemprego é tão alta, a queda de renda é tão pronunciada e a perspectiva de encontrar uma vaga é tão reduzida que a pessoa acaba desistindo de procurar”, explicou ao G1 o analista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria. Para ele, a taxa de desemprego, que hoje é de 12%, pode ultrapassar os 13% em 2012, mas essa trajetória deve se inverter a partir de maio.

A expectativa do governo e do mercado é que o país saia da recessão no ano que vem, e que o número de contratações volte a superar o de demissões. Ainda assim, o ano de 2017 será mais de estabilização do que de recuperação. Projeções das consultorias Tendências e GO Associados, com base nas estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB), apontam que só a partir de 2020 ou 2021 o Brasil deverá recuperar o nível de estoque de empregos formais que tinha no final de 2014.

“2017 será mais um ano de estabilização do que de recuperação. O crescimento do PIB em 2017 será baixo e ainda não será suficiente para alavancar a geração de novas vagas de emprego. Mas pelo menos as demissões darão uma estancada”, completou Bacciotti.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do portal G1.

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26/12/2016