Reformas podem ajudar Brasil a superar desemprego, diz tucano

O contingente de desempregados no Brasil ficou em 14 milhões no trimestre móvel encerrado em abril, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fazem parte da Pnad Contínua. Com isso, a taxa de desocupação no país foi estimada em 13,6% da população no período, um ponto percentual acima do registrado entre os meses de novembro de 2016 e janeiro deste ano. O crescimento desse índice já era previsto pelo governo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse, em reunião ministerial ocorrida há três semanas, que o desemprego leva mais tempo para reagir à retomada da economia, e estimou que esse índice cairá apenas no 2º semestre. O economista e deputado federal Rogério Marinho, do PSDB do Rio Grande do Norte, lembra que, aos poucos e de forma consolidada, o país está revertendo este quadro.
“Nós estamos justamente nesse processo de retomada. E a retomada da economia passa também pela empregabilidade, pela geração de novos empregos. E o primeiro trimestre já apontava uma reversão desses números ruins que foram demonstrados hoje pelo IBGE. Nós temos que aguardar um pouco para verificar como o país ficará. De qualquer forma, o que já foi implementado é sólido o suficiente para nos dar uma condição de que, a médio e longo prazo, nós possamos reerguer o país e voltar a gerar emprego e renda”, declarou.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada caiu 1,7% em comparação com o trimestre anterior, o que representa uma perda de mais de 500 mil pessoas nessa condição. Para resgatar essas vagas e estimular a criação de novos postos de trabalho, Marinho lembra que reformas estruturantes que podem reverter esse quadro estão em tramitação no Congresso Nacional.
“O PSDB tem dado a sua contribuição. A modificação que está sendo feita na legislação do trabalho, as mudanças que foram implementadas na situação estrutural da economia do país – como a PEC do teto dos gastos públicos – a própria tramitação da reforma da Previdência. Tudo isso estava permitindo que o Brasil fizesse um ponto de inflexão em relação à crise que nós estávamos atravessando, que nunca é demais lembrar, é a pior de todo o período republicano, desde 1901”, disse.
Na análise dos números de ocupados por atividade, o IBGE demonstrou que, no trimestre pesquisado, houve uma expansão no grupamento da indústria geral, de 1,8%, em comparação com o trimestre anterior. A indústria estava há pelo menos três anos sem sinais de recuperação do emprego. A melhora também foi acompanhada pelos setores de alojamento e alimentação.