Regular veículos de comunicação é ataque direto à liberdade de expressão, critica tucano

Em mais uma declaração questionável, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira (1º) a regulação econômica dos veículos de comunicação para evitar sua concentração. Em encontro no Sindicatos dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, o petista afirmou que a ideia é seguir o modelo norte-americano, que, segundo ele, “impede a concentração de todas as mídias, rádio, TV e impresso, com uma só família.”
Esta não é a primeira declaração autoritária do PT. Nesta semana, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu também se envolveu em afirmações que pregam o despotismo e o poder arbitrário.
O petista defendeu teses como “tirar todos os poderes” do Supremo Tribunal Federal (SFT) e sugeriu, inclusive, mudar o nome da Corte ao argumentar que o Judiciário não é um poder da República. “Não sei por que chamam Supremo. Deveria ser só Corte Constitucional”, afirmou.
Membro da comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara, o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) afirmou que a declaração de Haddad é “gravíssima” e coloca em risco o mercado de veículos de comunicação.
“Essa é mais uma declaração polêmica e até incoerente do candidato, que põe em risco também as regras sobre os veículos midiáticos que existem hoje. Obviamente, o único objetivo é impor um pensamento único no país. Portanto, a gente lamenta porque isso mostra sem sombra de dúvidas esse posicionamento autoritário do PT”, afirmou.
Este ano, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), já havia afirmado que, se o partido voltar ao Planalto, “a grande mídia será regulamentada”. Ato parecido ocorreu no ano passado, quando o partido mais uma vez foi autor de atitude antidemocrática, ao declarar em resolução divulgada pelo diretório nacional da sigla a defesa de um “novo marco regulatório das comunicações”.
Na avaliação do tucano, o posicionamento de Haddad e de outros líderes petistas ataca diretamente a liberdade de expressão e a livre comunicação no país.
“É um pensamento de imposição e interferência na livre comunicação e na liberdade de comunicação. É uma declaração muito grave, mostra a falta de respeito à liberdade de expressão e atividades dos veículos de comunicação do Brasil inteiro”, completou.
Reportagem Clarissa Lemgruber