Rescisão de contratos de profissionais da EBC é “medida correta”, avalia Paulo Martins
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) rescindiu contratos de sete jornalistas e comentaristas nesta quinta-feira (29). De acordo com matéria da Folha de S. Paulo, a EBC informou que os contratos destes profissionais somavam R$ 2,8 milhões por ano, justificando que a decisão foi tomada por “necessidade de ajustes orçamentários”.
A Folha destaca que as demissões acontecem após o retorno de Laerte Rímoli à presidência da empresa. Nomeado pelo presidente Michel Temer em maio, ele substituiu Ricardo Melo, nomeado pela então presidente Dilma Rousseff. A reportagem cita os nomes de Sidney Rezende, Lúcia Scarano de Mendonça, Emir Sader, Luis Nassif, Paulo Markun, Tereza Cruvinel e Paulo Moreira Leite como os profissionais que tiveram seus contratos rescindidos pela EBC.
Na visão do deputado federal Paulo Martins (PSDB-PR), a rescisão desses contratos é uma decisão acertada, uma vez que não somente alivia os cofres da empresa como também desmonta parte do aparelhamento montado na EBC durante o período em que Dilma Rousseff ainda estava na presidência da República.
“É uma medida correta, porque o PT construiu com dinheiro público um aparato não só de corrupção, mas também de comunicação, especialmente disso. Note que [os profissionais demitidos] eram nomes muito conhecidos do mercado, que não necessariamente precisariam de qualquer conchavo com o governo, mas foram utilizados pelo governo como porta-vozes no seu esquema de comunicação para ir distorcendo a opinião pública”, destacou o tucano.
“Eu espero que o governo não tenha feito isso simplesmente como uma ação aleatória, de simples corte de gastos. Eu espero que eles tenham feito a leitura política correta, que é entender a questão do aparelhamento, e que essa seja uma ação no sentido de desmonte desse aparelhamento da máquina petista”, acrescentou o parlamentar.
A rescisão dos contratos da EBC é mais uma medida de Temer no combate ao aparelhamento dos veículos de comunicação do país. Nesta semana, governo federal já havia suspendido o repasse de recursos públicos a sites e blogs pró-PT.
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