“Rio não é a ilha da fantasia ou oásis que o prefeito atual quer fazer crer”, diz o candidato Carlos Osorio
Brasília (DF) – Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira (16), o candidato do PSDB à Prefeitura do Rio de Janeiro, Carlos Osorio, criticou a atual administração, do prefeito Eduardo Paes (PMDB), e destacou que a capital não é a “ilha da fantasia” que a gestão quer fazer parecer. O tucano lembrou que o Rio de Janeiro passa por uma situação delicada do ponto de vista das finanças, e prometeu, caso eleito, combater o principal problema enfrentado pelos cariocas nos dias de hoje: a falta de segurança.
Para Osorio, o Rio enfrenta problemas que estão sendo ignorados pela atual prefeitura. “O Rio se encontra numa situação, do ponto de vista das finanças públicas, muito delicada. O Rio não é a ilha da fantasia ou oásis que o prefeito atual quer fazer crer junto à sociedade. Nós temos problemas. A prefeitura está nesse projeto de perpetuação no poder a qualquer custo. Aparelhou a máquina pública com indicações políticas como nunca antes na história da nossa cidade”, disse.
“Temos 29 secretarias, mais do que o [governo do] estado quebrado, mais do que ministérios, em Brasília. A quantidade de nomeações políticas permeando a máquina pública é gigantesca, e a capacidade de gestão e eficiência da máquina caiu muito. Por isso, precisamos de alternância de poder, porque a situação não vai fazer isso”, explicou.
O candidato ressaltou que, se eleito, irá afastar da máquina pública as indicações políticas e partidárias, e fará uma profunda reforma administrativa no município, cortando pela metade o número de secretarias e organizando-as em macrofunções.
Osorio também prometeu não terceirizar responsabilidades que são da prefeitura para o governo do estado, como tem sido feito em gestões anteriores, principalmente na questão da segurança. O candidato salientou que sua primeira medida na área será recolocar a Guarda Municipal nas ruas, implantando o novo estatuto já aprovado, em 2014, e nunca regulamentado pela administração atual.
“A Guarda passou a ter poder de polícia para pequenos delitos. Então, agora pode ter uma atuação mais ampla na cidade em coordenação com a PM. Podemos pegar corredores de grande circulação, centros de bairro e fazer uma delimitação da atuação da Guarda e, naquela área, nós vamos garantir uma tolerância zero, que vai significar presença do agente público e apoio à PM. Minha proposta é armar um efetivo de 10%”, disse.
Ao jornal O Globo, Osorio acrescentou ainda que não se sente constrangido em criticar a atual prefeitura, mesmo tendo ocupado a Secretaria de Conservação e a de Transportes durante a gestão de Paes. “Temos que avaliar a atual administração como um ciclo de oito anos. Tive muito orgulho de fazer parte da administração municipal. Fui convidado pelos meus méritos na minha vida, antes da prefeitura, na área privada. Desempenhei todas as minhas funções, tanto na secretaria de Conservação quanto na secretaria de Transportes”, apontou.
“No segundo mandato do prefeito Eduardo Paes, estava claro que o foco havia deixado de ser a cidade e passou a ser um projeto de perpetuação no poder. Aquilo me incomodou e decidi não retornar. Então, não vejo nenhuma dificuldade para o eleitor reconhecer minha participação em processos positivos para a cidade. Sou um candidato de oposição porque entendo que, hoje, o projeto que está na prefeitura é de perpetuação no poder”, completou o tucano.
Leia AQUI a íntegra da entrevista de Carlos Osorio ao jornal O Globo.