“São Paulo terá direção. Isso de faz o que quer, a hora que quer, acabou”, diz Doria em entrevista ao Estadão

O tucano disse que cobrará de Temer o dinheiro prometido e não repassado à cidade por Dilma Rousseff

Imprensa - 01/01/2017

joao-doria-foto-obrito-news1-2Em entrevista ao jornal Estadão deste domingo (1), o prefeito eleito de São Paulo, João Doria, falou sobre os desafios que enfrentará ao assumir o comando da Prefeitura hoje e afirmou contar com a ajuda do setor privado para cumprir os compromissos firmados durante a campanha. O tucano também criticou a autopromoção dos vereadores, que aumentaram em 23% os próprios salários, e disse que cobrará de Michel Temer o dinheiro prometido e não repassado à cidade por Dilma Rousseff.

Durante a entrevista, o tucano explicou que irá congelar a tarifa de ônibus combatendo as fraudes na utilização do bilhete único e reavaliando alguns procedimentos já em curso. “Não faz sentido que pessoas que podem pagar não paguem”, disse.

Questionado sobre a meta de criar 133 mil vagas de emprego em um ano, Doria afirmou que vai continuar adotando a estratégia do governo anterior de optar pelos convênios. Ele disse que pretende fechar o ano com 70 mil novas vagas além de inaugurar e conveniar outras que estavam na fila da Prefeitura.

Sobre a qualidade da educação, o tucano explicou que vai oferecer à iniciativa privada a adoção de escolas. “Vamos fazer isso, com ONGs ou contribuições diretas. Vamos fortalecer os (Centros Educacionais Unificados) CEUs também, que passarão a ser chamados de CEUs 21, porque vão entrar no século 21, com tecnologia e Wi-Fi. E estamos elaborando um plano de capacitação dos professores”, afirmou.

Na área da saúde, Doria disse que pretende começar o “Corujão da Saúde”, programa que visa acabar com as filas para exames, já no próximo dia 10 com procedimento regulares dentro do orçamento da Prefeitura. Segundo o tucano, serão 50 hospitais particulares e mais dez estaduais.

Doria ressaltou que pretende cobrar a ajuda federal prometida para a cidade de São Paulo e disse estar confiante que, ao contrário de Dilma, Temer irá honrar os compromissos assumidos com a capital. O tucano criticou a postura da ex-presidente e disse que ela não foi correta com o prefeito anterior. “Ela não tratou com respeito nem a cidade de São Paulo nem um companheiro de seu partido. Não cumpriu acordos, deixou o prefeito Haddad de escanteio. Foi descortês com ele e desrespeitosa com a cidade”, lamentou.

Clique aqui para ler a íntegra da entrevista no jornal Estadão.

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01/01/2017