Saúde da Família completa 21 anos em Teresina melhorando indicadores

Notícias - 22/05/2017

Há 21 anos contando com Estratégia Saúde da Família na atenção básica, Teresina, cidade administrada pelo prefeito Firmino Filho,  tem melhorado em seus indicadores. O histórico de internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB) aponta uma queda de 40,9% em 2008 para 22,05% em 2016. Os índices de mortalidade infantil entre menores de um ano de idade também caíram quase 50%: de 23,27 a cada mil nascidos vivos no ano 2000, em 2015 registrou 14,07.

O diretor de Atenção Básica da Saúde, Francisco Pádua, ressalta que também caíram os índices de doenças de notificação compulsória como hanseníase e tuberculose. “Em 2000 foram notificados uma média de 600 casos novos de tuberculose, enquanto que em 2016 foram 298. Já a hanseníase caiu de 795 novos casos diagnosticados em 2005 para 329 casos em 2015”, enumera.

Ele destaca que a Prefeitura de Teresina alcançou uma cobertura de mais de 90% da população pela Estratégia Saúde da Família e atualmente realiza redimensionamento da atenção básica. O objetivo é garantir que todas as áreas de vulnerabilidade sejam vinculadas e que outras sejam referenciadas por um UBS para uso quando necessário.

“Dados da Agência Nacional de Saúde mostram que 21,64% da população teresinense usa plano de saúde privados, e mesmo assim, precisam de serviços do SUS, como vacinas e medicamentos”, explica Pádua. “Com o redimensionamento, vamos poder universalizar o serviço e permitir que toda a população seja referenciada por uma equipe”, assegura o diretor.

Na saúde bucal, um levantamento epidemiológico com adolescente de 12 anos mostrou um declínio de cáries. O índice de dentes permanentes cariados, perdidos e restaurados (CPOD) em 1996 era de 3,44. Já em 2010, o último levantamento realizado mostrou queda para 1,5.

Nesse mesmo período, a Prefeitura ampliou o serviço de próteses dentárias na atenção básica. Desde 2013 já foram entregues 7.395 próteses. “Enquanto em 2013 só foram feitas 544 próteses, em 2016 este número aumentou para 3.533”, informa Francisco Pádua.

Para o diretor, todos esses indicadores trabalhados pela Atenção Básica ao longo desses últimos 15 anos mostram uma queda expressiva, alguns superiores a 50%. “Mesmo com as dificuldades enfrentadas na área de saneamento básico na cidade, nossos indicadores de saúde são compatíveis ou melhores que todas as capitais do nordeste”, observa Pádua.

PMT investe na informatização das UBS

Para agilizar o trabalho das equipes da Saúde da Família, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Teresina estão sendo estruturadas para oferecer um serviço informatizado, por meio da plataforma e-SUS. O sistema está atualmente implementado em 60 unidades e, até outubro, estará em todas. “O e-SUS permite a realização de trabalhos direcionados, pois oferece dados precisos sobre o perfil e a situação de saúde da população, ajudando a gestão pública na tomada de decisões quando o assunto é saúde”, conta Francisco Pádua, diretor da Atenção Básica de Saúde.

Ele ressalta que, outro avanço importante é a reformulação do sistema de marcação de consultas. A central trabalha com um sistema moderno de identificação por IP, que designa o acesso para apenas uma máquina com servidores cadastrados por unidade, evitando assim a marcação por terceiros. “Desta forma, os pacientes são submetidos a uma fila única e regulada por esta central, que irá distribuir de forma mais ágil as vagas do SUS na capital”, informa o diretor.

Já os exames laboratoriais estão sendo agilizados com a informatização do Laboratório Raul Bacelar, que realiza mais de 180 mil exames por mês. “Mais de 30 UBS já estão trabalhando com o sistema Softlab, e a expectativa é que o sistema se estenda a todas até o final do ano”, garante Francisco Pádua.
FMS melhorou estrutura física das unidades
A reestruturação física também recebeu atenção especial nos últimos anos. Desde 2013 vem sendo colocado em prática o Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde, uma das estratégias do Ministério da Saúde para a estruturação e o fortalecimento da Atenção Básica. Desde então, Teresina já recebeu 47 UBS reestruturadas, das quais 27 foram reformadas e 20 saíram de prédios alugados e para estruturas acolhedoras e dentro dos melhores padrões de qualidade. Existem ainda 31 obras em andamento, das quais 29 são novos prédios e duas são reformas.

A Prefeitura de Teresina também está finalizando a construção de nove polos de academia, destinados à promoção de saúde, educação em saúde, atividades físicas, esportivas, atividade de lazer, locais para difundir hábitos alimentares corretos e também práticas artísticas e culturais. Os espaços vão funcionar de 6h às 10h da manhã e das 16h às 20h.

Modelo conta 260 equipes saúde da família e 239 equipes saúde bucal

O modelo adotado na capital, que prioriza o contato direto e constante entre profissionais de saúde e comunidade, começou a funcionar em 1996, com três equipes nos bairros Santa Maria da Codipi, Cerâmica Cil e Usina Santana. Hoje, Teresina conta com 260 equipes saúde da família e 239 equipes saúde bucal, que atuam em área definida, com planejamento de ações, desenvolvidas com base nas necessidades e nas prioridades da comunidade cadastrada.

Cada equipe é formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, além de dentistas e auxiliares de saúde bucal. Eles estão lotados em 90 Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todas as zonas da cidade. O quadro ainda é formado por mais de 1500 Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que fazem parte da comunidade, além de servidores administrativos que cuidam de serviços como marcação de consultas e entrega de medicamentos nas farmácias.

O serviço recebeu diversas melhorias, em especial nos últimos anos, com a implantação de três Núcleos de Apoio à Saúde da Família, que são equipes multiprofissionais formadas por nutricionista, educador físico, psicólogo, assistente social e fisioterapeuta. Esses núcleos dão suporte às equipes ESF e contribuem para reduzir os encaminhamentos para especialidades.

A Prefeitura implantou ainda o Consultório na Rua, que acompanha moradores de rua com orientações e encaminhamento para atendimento necessário, com o apoio das UBS, hospitais, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e ONGs que assistem esta parcela da população.

Na busca pela melhoria do serviço, a FMS aderiu também ao Programa de Melhoria na Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), do Ministério da Saúde, que busca induzir a instituição de processos que colaborem e ampliem a capacidade da gestão. O objetivo é ofertar serviços e ações de saúde que garantam maior acesso e qualidade, de acordo com as necessidades concretas da população.

Francisco Pádua cita os resultados positivos nas avaliações já realizadas: das 15 equipes PMAQ que iniciaram o projeto, receberam avaliação com desempenho Bom e Ótimo 93,3% das equipes de saúde bucal e 86,6% das equipes da ESF.

*Do Portal da prefeitura de Teresina. 

Temas relacionados:

X
22/05/2017