Imprensa - 29/11/2016
A Venezuela, governada por Nicolás Maduro, está prestes a ter a sua saída oficial consolidada no Mercosul. Segundo informações do jornal O Globo desta terça-feira (29), fontes dos governos do Brasil e da Argentina confirmaram que o bloco econômico fixou o prazo até 1° de dezembro para o país venezuelano se adequar às normas internas do grupo e, dessa forma, conseguir se confirmar como membro pleno. Como o governo de Maduro já adiantou que não vai incorporar todas as resoluções à legislação local, a expectativa é que o país deixe o bloco ainda esta semana.
A decisão de tirar a Venezuela ocorreu em razão do governo Maduro, aliado dos governos Lula e Dilma Rousseff, não ter cumprido regras democráticas previstas no bloco. Em setembro, foi dado um prazo para o país se adaptar às normas do protocolo de adesão, o que até agora não ocorreu.
O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) ressalta a importância da Venezuela para a economia da América do Sul, mas indica que o país não tem mais condições de continuar integrando o Mercosul.
“A Venezuela é um país importante para o Brasil, para a América Latina e para o mundo. Mas o seu governo não cumpre com as normas democráticas estabelecidas pela ONU e pela OEA. Então, está em um impasse dos mais difíceis que o Brasil tem que enfrentar. Nós vivemos um momento em que a democracia na América Latina tem que ser preservada a todo custo”, afirmou.
O deputado Hauly aponta que a entrada da Venezuela no bloco só foi permitida pelo governo do PT, e destaca as consequências do ato.
“Um governo de um país amigo, de um país vizinho, que não cumpre com as cláusulas democráticas, fica muito difícil para o avanço da democracia, dos direitos humanos, dos direitos de ir e vir, do direito de expressão política. Todo o acontecimento de hoje, dessa situação, foi criada pelo erro do governo anterior, do PT, Dilma e Lula, de ter colocado a Venezuela no bloco. Já tinham problemas políticos, já tinham de não cumprimento das cláusulas democráticas e criou um problema maior para o Brasil”, disse Hauly.
O impacto da saída do país do bloco econômico, de acordo com analistas, não será grande, já que o comércio dos demais sócios com a Venezuela não se expandiu após a entrada no grupo, em 2012. As exportações brasileiras, por exemplo, que chegaram a ultrapassar US$ 5 bilhões em 2008, estão em queda. De janeiro a outubro de 2016, houve uma redução de 61,19%.
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