“Sem chance de aprovação”, diz Tasso sobre reajuste nos salários dos ministros do STF
O aumento provocaria um efeito cascata nos salários dos servidores públicos federais
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) declarou nesta quinta-feira (30) ser contra o projeto que aumenta o vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. A remuneração dos ministros do Supremo é o teto salarial do funcionalismo público da União e o reajuste provocaria um efeito cascata nos salários dos servidores públicos federais.
A proposta causou polêmica entre os líderes da base aliada do presidente em exercício, Michel Temer que, um dia depois da aprovação dos reajustes do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, afirmaram que não há espaço para novos gastos. Eles ameaçam até não votar o reajuste do Poder Executivo e de outras categorias na próxima semana. As informações são de matéria publicada nesta sexta-feira (1) pelo jornal O Globo.
“Vamos analisar caso a caso. No caso dos vencimentos dos ministros do Supremo, sem chance de aprovação na minha avaliação. O Brasil não tem dinheiro, e toda filosofia do governo é que a despesa seja menor. Algo não está fechando”, disse o senador Tasso.
O ministro interino do Planejamento, Dyogo de Oliveira, voltará à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na próxima semana para falar sobre o impacto dos demais projetos de reajuste. O rombo previsto é de R$ 67,7 bilhões até 2018, mas cálculos dizem que chegará a R$ 100 bilhões com a soma da parcela de 2019.