Senadores tucanos criticam estratégia de Dilma em constranger ex-aliados durante defesa no Senado

“Constrangimento é alguém ser eleito presidente da República mentindo para um Brasil inteiro e enganando, inclusive, sua equipe ministerial”, disse líder

Imprensa - 19/08/2016

cassio-cunha-lima-e-ricardo-ferraço-780x340Em mais uma tentativa desesperada de escapar do impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff citará, durante sua defesa no Senado, os ex-ministros que participaram do seu governo e hoje defendem o seu afastamento definitivo. De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo, a nova estratégia da petista é constranger ao menos seis senadores que integravam o primeiro escalão do seu governo e viraram seus algozes na madrugada do dia 10 de agosto – quando por 59 votos a 21, foi aprovada em plenário a denúncia contra Dilma.

O julgamento final será iniciado na próxima quinta-feira (25) no Senado e a presidente afastada falará em plenário no dia 29. A nova tática de Dilma foi duramente criticada pelo líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), membro da Comissão Especial do Impeachment.

“Constrangimento é alguém ser eleito presidente da República mentindo para um Brasil inteiro e enganando, inclusive, sua equipe ministerial. Portanto, quem tem que se constranger é Dilma e não os ministros que, assim como os brasileiros, foram enganados por ela”, criticou o senador Cássio Cunha Lima.

“A presidente está perdida e mostrando com isso o desespero para tentar justificar o injustificável. Considero que será mais uma tentativa sem qualquer resultado. Acho que os senadores de uma forma geral já estão com suas decisões tomadas, com absoluta convicção de que a presidente da República e seu governo cometeram crimes. Portanto, estamos caminhando pelo afastamento definitivo de Dilma”, disse Ferraço.

Segundo o Estadão, a lista dos ministros que poderão ser criticados pela petista é composta por Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Marta Suplicy (PMDB-SP), Marcelo Crivella (PRB-RJ), além de Eduardo Braga (PMDB-AM) – que também ocupou o cargo de líder do seu governo no Senado.

Segundo Ferraço, os senadores que eventualmente participaram do governo Dilma não têm compromisso com erros e equívocos da gestão petista. Para o senador capixaba, os ex-ministros não podem ser culpados por atos que são de responsabilidade exclusiva da presidente afastada. “Dilma atentou contra as leis fiscais e orçamentárias do país, publicou decretos em desacordo com a lei usurpando a prerrogativa do Parlamento, fez operações de crédito irregularmente, se impondo como mandatária e estabelecendo o seu poder para que bancos públicos pagassem e honrassem responsabilidades que eram exclusivamente do Poder Executivo. Não me parece que esta tese estará gerando resultados positivos.”

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19/08/2016