Setor de internet está com vagas congeladas no país

Imprensa - 20/10/2016

internetebcAs empresas de internet enfrentam uma situação de inércia no Brasil. O setor está com vagas congeladas desde o ano passado. Em 2000, essa área empregava mais de 177 mil pessoas. O ápice foi em 2015, quando as empresas já contavam com 326 mil na área, um crescimento de 84%. Porém, desde o ano passado e até o momento, o número de postos de trabalho no setor praticamente se estagnou, mantendo a mesma quantidade de contratados. Os dados são da Associação Brasileira de Internet, a Abranet, que avaliou o desempenho da área nos últimos 16 anos, cruzando dados da Receita Federal e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O deputado federal Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, avalia a importância da área no Brasil, e critica a falta de investimentos nos últimos tempos.

“Por mais que tenha dificuldades, foi o setor que foi menos atingido. Porque tem um potencial de crescimento muito grande. Nós perdemos grandes investimentos, no Brasil, de tecnologia. Então falta mesmo de capacidade de articulação de captação de empregos, de favorecer em termos de competitividade – até porque o Brasil hoje tem uma carga tributária muito grande.”

Apesar do congelamento, o setor tem conseguido sobreviver às grandes demissões em todo país. Em compensação, os salários encolheram. A maior parte dos funcionários da área de tecnologia da informação está recebendo entre 3 e 5 salários mínimos. O número representa uma redução de 5% em relação aos salários dos anos 2000. O deputado Izalci Lucas defende mudanças nas normas legislativas brasileiras referente ao direito do trabalho nessa área.

“Você trabalhar o setor de tecnologia com a CLT de 80 anos atrás é um absurdo. Então demanda de fato uma reforma trabalhista, uma reforma tributária, uma reforma de gestão pública. Porque sem isso vai ser difícil de atrair qualquer investidor.”

A Abranet também constatou que o cresceu em 172% o número de empregados com curso superior. As empresas de TI também deram um salto em relação a quantidade. Eram 23 mil há 16 anos, passaram para 99 mil em 2015, e até agosto deste ano, foram contabilizadas 103 mil companhias da área.

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20/10/2016