Setor de serviços cresce 1,3% em junho, maior alta para mês em cinco anos

O setor de serviços registrou, em junho, o melhor resultado para a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com crescimento de 1,3% frente ao mês de maio. Essa é a terceira taxa positiva consecutiva registrada no ano. Já a renda do setor subiu 1% entre maio e junho, a maior alta da série desde 2013. O resultado é avaliado pelo IBGE com cautela, visto que ainda não se pode afirmar que há recuperação, já que não houve reversão. No entanto, o instituto observa que o pior já passou.
O deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP) concorda com a análise do IBGE, e acredita que é uma questão de tempo para que o setor de serviços supere a trajetória decadente dos últimos dois anos.
“O comércio e o setor de serviços vêm crescendo, mesmo que lentamente. E isso nos dá – além do controle da inflação e da recuperação do emprego – o sentimento e a confiança em relação aos próximos meses e anos. A economia está no rumo certo. Agora é uma questão de tempo”, diz.
Cinco entre as seis atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram alta no volume de serviços em junho, com destaque para o turismo (5,3%) e serviços prestados às famílias e transportes (1%). Para consolidar o bom resultado em outras atividades, o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) alerta para a necessidade de um esforço por parte do governo em poupar o dinheiro público e, com isso, manter o equilíbrio das contas e da economia.
“Há necessidade de um esforço conjunto, de uma ação do governo no sentido de combater os privilégios que existem na máquina pública hoje. Gastar do erário público hoje é uma preocupação, deve ser feita de maneira objetiva, para que a gente evite ultrapasse essa questão dos gastos, evitando chegar perto do teto e, então, não sobrar dinheiro para mais nada”, avalia.
Outro ponto positivo do setor destacado pelo IBGE é o crescimento de 0,3% no 2º trimestre de 2017, em comparação com o período anterior. O resultado interrompeu uma sequência de nove trimestres em queda.