Sílvio Torres diz que desemprego afeta consumo do brasileiro
O consumo das famílias, que representa quase 65% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, vem encolhendo desde o início da forte crise econômica que atinge o país, produzida no governo Dilma Rousseff. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um recuo de 0,1% em relação em ao último trimestre do ano passado, e de 1,9% na comparação com o primeiro trimestre do ano. As estatísticas apontam que ainda há insegurança no consumo, causada principalmente pelo desemprego e o endividamento. O deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP) concorda com o levantamento.
“A coisa mais importante que faz com que o consumo não cresça e até diminua em vários segmentos é o nível do desemprego e o medo de ficar desempregado das pessoas. Tem muitas famílias afetadas pelo desemprego diretamente. Normalmente, tinha mais de um membro trabalhando e, de repente, o emprego fica mais restrito e diminui o número de pessoas da casa trabalhando. E isso faz com que as despesas aumentem e acabam dedicando os recursos para despesas obrigatórias.”
Silvio Torres aponta que, apesar da cautela, a inflação baixa e a liberação do dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem reanimar os consumidores. Para o tucano, a confiança voltará à medida que os resultados econômicos se consolidarem.
“O papel do Congresso que tem sido importante é não paralisar o Legislativo, é continuar votando matérias importantes como as reformas e como aquelas que já foram aprovadas como o ajuste das contas públicas, saque do Fundo de Garantia. Enfim, são medidas que vão influenciar tanto na recuperação do emprego, quanto no investimento na economia por parte das empresas. Isso não tem resultado de curto prazo. Mas já sinaliza positivamente para aqueles que estão aguardando que se estabilize a economia do país.”
O desempenho da produção industrial também segue oscilante. Em abril, a produção de bens de consumo duráveis, como automóveis e geladeiras, apresentou alta de 0,6%, mas foi seguida pelo declínio da indústria de vestuário, calçados e alimentos.