Silvio Torres diz que economia está estabilizada, mas precisa melhorar
Quase 10 mil lojas foram fechadas em todo o país neste primeiro trimestre do ano, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgados nesta quinta-feira (6). O número ainda é alto, consequência da crise econômica deixada após 13 anos de governos do PT, mas mostra o início da recuperação econômica do país – uma vez que o fechamento de lojas é o menor desde o primeiro trimestre de 2015. Para o deputado federal Sílvio Torres (PSDB-SP), o Brasil está deixando para trás um período de forte recessão.
“O número de empresas fechadas diminui também porque há uma certa mudança na economia que deixa de ser uma economia de recessão, para ser uma economia ao menos estabilizada. Além do comércio, a própria indústria, [setor de] serviços têm mostrado algum dinamismo. Mas ainda insuficiente para levar o Brasil a um patamar de crescimento que precisa e crescimento sustentável”, afirmou.
De acordo com estimativas da CNC, até dezembro esse número deve ser zerado e novos postos de trabalho serão criados. As perspectivas para o Natal e para o ano de 2018 também são melhores dentro do varejo. Outra tendência que favorece as maiores empresas é o aumento de vendas online. A previsão é que esse comércio represente 10% das vendas em dez anos. Na avaliação de Sílvio Torres, o reaquecimento da economia só foi possível depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
“A saída da [ex] presidente se deu por vários motivos. Mas o principal dele realmente foi a questão da economia, que ela [Dilma] perdeu totalmente as condições de fazer o Brasil melhorar. O déficit fiscal ia acabar se ampliando, a inflação aumentando com repercussões muito sérias no mercado porque já não haveria recursos para consumo. Faltando investimentos, desemprego aumentando, o consumo cada vez mais se aprofundava numa crise.”
O setor varejista vem enfrentando um cenário conturbado, com recuo de 6% nas vendas em 2016, segundo dados do IBGE. O segmento que mais fechou lojas no primeiro trimestre foi o de hipermercados, com um saldo de 3,7 mil estabelecimentos a menos. A expectativa é que o varejo tenha aumento no volume de vendas de 1,2% em 2017 na comparação com o ano passado.