Sob Dilma, indústria fechou 642 mil vagas de trabalho em 2015

Ano em que os brasileiros começaram a sentir de maneira mais intensa os efeitos da irresponsabilidade petista na condução da economia do país, 2015 foi marcado por um intenso corte nas vagas de emprego na indústria. É o que revelam dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Industrial Anual (PIA). Segundo os números, o primeiro ano do segundo mandato de Dilma Rousseff registrou 642.138 postos de trabalho extintos nas indústrias extrativa e de transformação.
De acordo com a pesquisa, o número total de empregados no setor passou de 8,8 milhões em 2014 para 8,2 milhões ao final de 2015. Com a situação, o setor perdeu 8.462 empresas em apenas um ano e encerrou 2015 com 325.277 companhias. As informações são de matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) credita a falta de políticas voltada para o desenvolvimento industrial no país durante os governos do PT pelos resultados negativos apresentados pelo setor. Na avaliação do tucano, os dados são consequência não somente da gestão Dilma, mas também dos erros cometidos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que foi responsável por iniciar o processo de desindustrialização no Brasil.
“Nesses últimos anos, de fato houve um total abandono na política industrial. Sem investimentos, sem financiamentos, com o custo Brasil muito alto, uma legislação ultrapassada. Tudo isso ajudou muito, além do peleguismo sindical. É uma série de fatores que acaba comprometendo, e o resultado vem de médio e longo prazo. Nós estamos colhendo o que foi plantado nesses últimos 13 anos”, avaliou o parlamentar.
Receita
Segundo a pesquisa do IBGE, total das receitas brutas das empresas industriais chegou, em 2015, a R$ 3,8 trilhões, número que representa uma alta nominal (na qual não é levada em conta a inflação) de 4,9% em relação. Quando a inflação do período, de 10,67%, é colocada na balança, no entanto, a receita dessas empresas apresentou queda real.
“O ano de 2015 foi marcado por uma conjuntura de retração na atividade econômica, intensificado pela trajetória de resultados negativos do índice de volume do Produto Interno Bruto (PIB)”, destaca o estudo realizado pelo IBGE.
Para Izalci, o setor continuará sofrendo os efeitos da recessão econômica enquanto o país não passar pelas reformas necessárias para reaquecer a indústria, sobretudo a tributária e a trabalhista. “O país precisa ter estabilidade, credibilidade, uma política voltada realmente para a modernidade. Tem que sair a reforma trabalhista e a reforma tributária, que são importantíssimas, e programas que possam alavancar o setor, inclusive na área de ciência e tecnologia, pesquisa, inovação”, argumentou.
“A própria tentativa de mudança, através das reformas, já sinaliza, já melhora o ânimo, isso já começa a ajudar. Mas precisamos concretizar. O país tem que ter uma reforma tributária urgente e concluir a reforma trabalhista”, concluiu o deputado.
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