Sob gestão de Parente, Petrobras deve reduzir preço da gasolina até o final do ano

Imprensa - 21/09/2016

_abr4834_0Após a troca no comando da Petrobras com o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, a estatal pode reduzir o preço da gasolina no país até o final do ano. A informação foi revelada por fontes ligadas à empresa nesta terça-feira (20), data em que o plano de negócios da petrolífera para o período que vai de 2017 a 2021 foi divulgado. Durante a apresentação do plano, o presidente da empresa, Pedro Parente, destacou a que a atual gestão tem a liberdade para definir sua política de preços sem precisar consultar o governo, o que não acontecia durante os governos petistas.

“A principal diferença é que, se quisermos mudar o preço hoje, mudamos. Se quisermos mudar amanhã, mudamos. Avaliamos as condições de mercado. Não temos que perguntar nada a ninguém. Podemos fazer os movimentos que consultam os interesses da empresa. É decisão de natureza empresarial”, disse Parente, de acordo com informações de matéria publicada pelo jornal O Globo nesta quarta-feira.

Ouvido pela reportagem da publicação carioca, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, afirmou que a possível diminuição nos preços da gasolina vendida no país é uma maneira de corrigir as distorções causadas pelos preços mais caros praticados no Brasil. Ele ressaltou, no entanto, que a grave situação econômica vivida pela estatal é um obstáculo à provável redução no preço dos combustíveis.

“Com isso, a Petrobras está perdendo vendas. As importações só não são maiores porque não há infraestrutura. Daqui a pouco vai sobrar gasolina e diesel nas refinarias da Petrobras, mas, claro, esse não era o melhor momento, já que a empresa perdeu receita nos anos anteriores vendendo combustíveis mais baratos em relação ao mercado internacional”, disse Pires.

Além da redução dos preços da gasolina, o novo plano de negócios da Petrobras também prevê a venda de ativos e a atração de parceiros estratégicos. De acordo com O Globo, a empresa espera arrecadar US$ 19,5 bilhões com desinvestimentos e parcerias apenas entre 2017 e 2018.

Clique aqui para ler a matéria do jornal O Globo.

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21/09/2016