Sob o comando de Serra, Brasil amplia atuação no comércio exterior

Para o deputado Guilherme Coelho, a aproximação entre Brasil e Argentina é decisiva para o avanço do Mercosul

Imprensa - 13/02/2017

porto-comercio-exterior-ebc-ministerio-do-planejamentoBrasília (DF) – Passado quase um ano de governo do presidente Michel Temer, o comércio exterior brasileiro, sob o comando do ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB), tem ampliado significativamente o seu diálogo com outras nações. Além de uma aproximação com a Argentina, com a visita do presidente Mauricio Macri na semana passada, o Brasil tem se empenhado em ampliar a participação do Mercosul no comércio internacional.

Segundo reportagem publicada nesta segunda feira (13) pelo Diário Comércio, Indústria e Serviços (DCI), um ponto favorável para a expansão das atividades comerciais do Mercosul é o tom protecionista adotado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas últimas declarações do seu governo. Isso porque, com o recuo da participação dos norte-americanos no mercado externo, surgem mais oportunidades para o bloco.

A atual conjuntura também é propícia para destravar o acordo de livre comércio com a União Europeia, que há anos não sai do lugar. Na última semana, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que este é o “momento correto” para as conversas entre os grupos avançarem.

Para o deputado federal Guilherme Coelho (PSDB-PE), a aproximação entre Brasil e Argentina, após anos de descaso da gestão petista com o desenvolvimento do comércio exterior, é decisiva para o avanço do Mercosul e para a concretização das negociações com a União Europeia.

“É muito válido esse encontro entre o presidente do Brasil e o presidente da Argentina. De fato, existe um acordo que está há 13 anos para ser aperfeiçoado, que é o acordo do Mercosul com a comunidade comum europeia, que já está ultrapassado. Recentemente estive com o ministro José Serra, e estou torcendo muito para que esse acordo seja de uma vez por todas concretizado”, disse.

O tucano destacou que o livre comércio entre Brasil e os países da União Europeia trará apenas benefícios para ambos os lados.

“Esse acordo do Mercosul com a União Europeia está sendo aperfeiçoado, e espera-se que, de um a dois anos, ele esteja concluído. Sou aqui da região de Petrolina (PE), no semiárido do Nordeste, onde é forte a exportação de frutas. Para se ter uma ideia, hoje as nossas frutas, uvas sem sementes, pagam cerca de 8% a 11% de imposto no preço de venda das uvas quando chegam, por exemplo, na Inglaterra. Por isso, estamos torcendo para que esse acordo seja concluído e que outros sejam negociados”, constatou.

Guilherme Coelho ressaltou ainda que, ao deixar de lado as alianças ideológicas feitas pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff com governos como o de Cuba e da Venezuela, a gestão de Michel Temer trará mais ganhos à economia brasileira.

“Existem alguns países que atrapalham o Mercosul, o fechamento de acordos, então essa força da Argentina com o Brasil vai ser muito importante. É uma união que pode, efetivamente, facilitar as relações comerciais do Mercosul com nações do mundo inteiro”, completou o parlamentar.

Leia AQUI a íntegra da reportagem publicada pelo DCI.

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13/02/2017