STF nega pedido de Dilma para incluir delação de Machado no impeachment
Lewandowski entendeu que os relatos do delator não têm relação com as acusações contra Dilma (pedaladas e abertura de créditos sem aval do Congresso)
Imprensa - 05/07/2016
A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff obteve mais uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, negou nesta segunda-feira (4) um pedido de Dilma para incluir no processo de impeachment o conteúdo da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Segundo matéria publicada nesta terça-feira (5) pelo portal G1, a intenção da defesa petista ao pedir a inclusão do conteúdo era demonstrar um suposto “desvio de poder” na abertura do processo pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O ministro Lewandowski levou em conta na sua decisão o parecer da comissão especial do Senado de rejeitar a inclusão da fala de Machado, por entender que os relatos do delator não têm relação com as acusações contra Dilma (pedaladas fiscais e abertura de créditos sem aval do Congresso).
O deputado federal Célio Silveira (PSDB-GO) acredita que o pedido de inclusão foi uma estratégia dos aliados de Dilma para tentar atrapalhar o andamento do processo. “O PT está tentando de todas as maneiras contaminar esse processo de impeachment no Senado. Isso não vai ser aceito porque as instituições estão fortes e estão ao lado da verdade. Tenho certeza que, no mais tardar em agosto, nós vamos ficar livres da Dilma e do PT”, disse.

O tucano ressaltou a importância do apelo popular no desenvolvimento das investigações. “As pessoas estão atentas a tudo que está acontecendo e cobrando das autoridades medidas contra essa cultura da corrupção. A população está por dentro das dificuldades que o Brasil vem enfrentando e sabe que a melhor alternativa para sairmos da crise e para que economia volte ao normal é o Temer assumir definitivamente o governo e dar continuidade no que já começou”, concluiu.