TCU aponta superfaturamento em obras de Belo Monte, “carro-chefe” do PAC de Dilma

Para Nilson Pinto, relatório comprova propinas delatadas para campanha à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff

Imprensa - 10/11/2016

usina belo monte foto Regina Santos Norte EnergiaO Tribunal de Contas da União (TCU) constatou indícios de superfaturamento de R$ 3,384 bilhões nas obras da usina de Belo Monte, no Pará. Relatório do órgão critica o formato do leilão e a falta de concorrência para a construção da hidrelétrica que foi usada pelo PT como principal bandeira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A existência de superfaturamento nas obras da usina já foi citada por dois delatores na Operação Lava Jato. Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro, o ex-senador Delcídio Amaral (sem partido) afirmou que a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff em 2014 foi abastecida com dinheiro desviado da construção de Belo Monte. A declaração do ex-líder petista reforçou a acusação do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, feita em abril deste ano, de que a campanha à reeleição teria recebido propina camuflada em doações legais e a principal fonte teria vindo da construção da hidrelétrica.

Para o deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA), o relatório do TCU não apenas confirma as delações já feitas anteriormente, como também demonstra que a corrupção era um método no governo do PT utilizado na campanha da ex-presidente. “A corrupção era um instrumento comum do governo petista, fazia parte das regras da administração pública do partido. Há uma demonstração cabal, portanto, de que as delações estavam corretas e há a constatação a cada dia, a cada nova investigação da corrupção generalizada de que era a prática permanente do governo petista, que felizmente foi defenestrado pelo Congresso Nacional com o aplauso da população brasileira”, criticou o tucano.

De acordo com o site G1, no acórdão aprovado nesta quarta-feira (9) pelo plenário do TCU, foi dado o prazo de 15 dias para que a Norte Energia (consórcio responsável pela hidrelétrica) e o Consórcio Construtor Belo Monte (contratado pela Norte Energia) se manifestem sobre as irregularidades. A corte determinou também o mesmo prazo ao Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para explicar as deficiências no leilão da usina que levaram à falta de concorrência.

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10/11/2016