Três dias depois de rever metas para baixo, Embraer anuncia programa de demissão voluntária

Imprensa - 09/08/2016

embraer FOTO Agência BrasilBrasília (DF) – A Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, é mais uma vítima da crise política, econômica e social perpetrada no país pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff. A companhia anunciou, nesta segunda-feira (8), a abertura de um programa de demissão voluntária (PDV) em fábricas e escritórios no Brasil. A decisão veio três dias após a empresa rever para baixo as metas de entregas de aeronaves e faturamento da aviação executiva. Não há uma meta de vagas a serem fechadas.

É a primeira vez que a companhia adota um PDV desde a sua fundação, em 1969. As informações são de reportagem desta terça-feira (9) do jornal O Globo. Segundo a publicação, a Embraer decidiu implantar o PDV como forma de ajustar os custos e fazer frente à uma retração generalizada no mercado de jatos executivos.

Para se ter uma ideia, a projeção inicial de aeronaves a serem entregues em 2016, entre 115 e 135, foi revista para entre 110 e 130 unidades. Já o faturamento, que estaria na faixa de US$ 1,75 bilhão a US$ 1,9 bilhão, caiu para algo entre US$ 1,6 bilhão e US$ 1,75 bilhão. No segundo trimestre deste ano, a Embraer sofreu uma perda de R$ 337 milhões, contra um lucro de R$ 399,6 milhões no mesmo período de 2015.

A crise aérea que afeta a Embraer também foi, de acordo com a empresa, agravada pela desvalorização do dólar e pela alta inflação no Brasil, que fez com que a companhia perdesse eficiência. “Como parte desse processo, será necessário readequar a estrutura administrativa e operacional da companhia”, disse a Embraer em comunicado.

A empresa tem 17 mil empregados no Brasil, em cinco cidades: São José dos Campos, Botucatu e Taubaté, no interior paulista, além de um escritório em São Paulo e um centro de pesquisas em Belo Horizonte (MG).

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Globo.

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09/08/2016