Tucana considera “inadmissível” disparidade salarial entre gêneros

A disparidade salarial entre homens e mulheres deverá acabar apenas dentro de 20 anos, mesmo tempo de transição para que passem a valer as novas regras da reforma da Previdência, caso sejam aprovadas pelo Congresso Nacional. A estimativa é do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que manifestou sua preocupação ao participar de Fórum do jornal Estado de S.Paulo sobre a Previdência Social em São Paulo, nesta quinta-feira (9), um dia após o Dia Internacional da Mulher (8 de março).
Na opinião da deputada federal Shéridan (PSDB-RR), a perspectiva de perpetuar essa diferença salarial por mais duas décadas é inadmissível, absurda e machista. Para a tucana, essa disparidade é mais uma dívida que deveria ser corrigida há muito tempo, principalmente por ser inegável a capacidade da mulher de fazer multitarefas.
“A proteção da mulher no mercado de trabalho é um dos nossos principais enfrentamentos. Combater a desigualdade é uma frente, mas admitir essa perspectiva tão longa é caótico. A desigualdade só promove a falta de avanço na sociedade hoje composta, por sua maioria, de mulheres. O 8 de março nos lembra que ainda temos que conviver com essas diferenças, mesmo que as mulheres ocupem seus lugares por competência e sejam capazes de desempenhar múltipla funções, inclusive, nas outras jornadas em casa e como mães”, declara.
De acordo com matéria da revista Veja, o ministro ressaltou algumas mudanças que já estão ocorrendo, como a atual remuneração média das mulheres com idade entre 20 e 25 anos ser praticamente igual a dos homens. Meirelles acredita ainda que outra tendência que deverá ser seguida é igualar as promoções no trabalho de homens e mulheres ao longo das carreiras.
“O retrocesso está na cabeça da sociedade em não entender que a mulher não se enquadra mais nesse perfil de estar na condição de subordinação. Pelo contrário, já ultrapassou esses limites, a mulher brasileira tem consciência da sua capacidade, o que não entendemos mais é ter que conviver, admitir esse tipo de intolerância preconceituosa e machista”, pontua Shéridan.
Clique aqui para ler a íntegra da matéria.