Tucano defende que governo e planos de saúde dividam prejuízos que recaem sobre usuários

Notícias - 02/08/2018
Foto: PSDB na Câmara

A crise no atendimento dos planos de saúde, junto à crescente dificuldade do serviço público, tem onerado cada vez mais a vida do cidadão que recorre ao serviço particular no Brasil. A falta de uma legislação que dê mais garantias ao consumidor tem feito com que os usuários arquem sozinhos com prejuízos frente ao aumento da complexidade do atendimento médico e, consequentemente, dos seus custos.

Integrante da Frente Parlamentar da Saúde na Câmara dos Deputados, Rocha (PSDB-AC) lamenta que a carga recaia só sobre o consumidor, obrigado a arcar com planos cada vez mais caros e atendimento restritivo. “É preciso dividir a conta com o governo e com as empresas, pois o alto custo tem feito com que cada vez mais pessoas sejam obrigadas a abrir mão do atendimento particular porque não conseguem mais pagá-lo”, diz o deputado.

Para Rocha, é preciso que o Parlamento em 2019, junto com o próximo governo, abra uma frente de discussão e busque meios de minimizar esses problemas. A redução da carga tributária que incide sobre o serviço seria uma saída. “A União deixa de gastar com esse usuário que migra do atendimento público para o particular, entretanto não oferece nenhuma contrapartida capaz de tirar o ônus essa carga que acaba sendo repassado ao consumidor”, completa.

Evasão
Pelo terceiro ano consecutivo, o número de usuários com planos de saúde registrou queda no Brasil. Em três anos, foram 3,1 milhões de usuários a menos que tinham plano e deixaram de ter.

Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apontam que em 2017, 281,6 mil pessoas deixaram de ter acesso à saúde suplementar. Enquanto em 2016 eram 47,6 milhões de beneficiários, no ano passado o ano fechou com 47,3 milhões.

A retração, se comparando os dois anos, no entanto, caiu significativamente. Em 2016, foi registrada a perda de 1,6 milhão de consumidores.

X
02/08/2018