Tucano quer criar Frente Parlamentar de combate à corrupção

O deputado federal Major Rocha (PSDB-AC) propõe a criação, no Congresso Nacional, de uma Frente Parlamentar Mista em Defesa do Combate à Corrupção. O movimento, segundo o parlamentar, se justifica diante dos inúmeros casos de corrupção existentes no país e ao contingenciamento de recursos orçamentários feitos pelo governo federal, que poderiam afetar o trabalho da Justiça.
A intenção do deputado é fazer com que o grupo, formado por deputados e senadores de vários partidos, destine recursos às operações de combate à corrupção realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Para isso, essas instituições teriam que criar um fundo específico para este fim, e se comprometeriam a usar os recursos da forma devida. O tucano espera que a frente parlamentar colabore com as ações da Justiça, que hoje se encontram debilitadas em razão dos cortes de gastos. Só o contingenciamento da Polícia Federal, anunciado em março pelo governo, foi de R$ 400 milhões.
“Vendo aí a crise do estado, a situação econômica da União e os contingenciamentos, nós pensamos em uma frente para fazer a questão política, trabalhar a questão da legislação, e que virá com um adicional”, afirmou.
A expectativa é de que a frente parlamentar também atue em operações regionais, nomeando parlamentares para que acompanhem de perto a ação da Justiça nas regiões. Rocha argumenta que, além dos debates sobre como deter o avanço da corrupção, é necessário que o Congresso parta para um plano prático.
“A ideia é arrecadar recursos para ter uma ação efetiva de ajuda e auxílio às operações de combate à corrupção. Nós vamos juntar com todos os colegas – ou com aqueles que queriam ajudar – para arrecadar recursos de emendas parlamentares para investir em operações de combate à corrupção, tanto do Ministério Público quanto da Policia Federal.”
O tucano afirma que tem o apoio de parlamentares e de membros do Ministério Público e da Polícia Federal, o que fortalece a proposta. Para a instalação da frente, são necessárias as assinaturas de 171 deputados, e de um terço do Senado Federal.