Tucano transforma “Museu do Lula” em Fábrica de Cultura, em São Bernardo do Campo
Brasília (DF) – Idealizado pelo ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP) Luiz Marinho (PT), o Museu do Trabalho e do Trabalhador teve a sua obra permeada por polêmicas. Alvo da Operação Hefesta, liderada pela Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria-Geral da União (CGU), por suspeita de corrupção e desvio de cerca de R$ 7,9 milhões do projeto, o museu encomendado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca foi terminado, deixando para trás um prejuízo milionário.
A história, no entanto, deverá ter um final feliz, graças à gestão do prefeito Orlando Morando (PSDB). Em um encontro com o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, na última semana, o tucano conseguiu o aval para a modificação do projeto inacabado do Museu do Trabalho e do Trabalhador, que será transformado em uma Fábrica de Cultura, iniciativa do governo de São Paulo, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), que oferece às comunidades diversas atividades artísticas em um espaço de acesso gratuito.
Para isso, será acertado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Prefeitura, o Ministério da Cultura e o MPF, o que deverá dar maior lisura e transparência ao projeto. A licitação também foi confirmada sem a presença das empresas envolvidas no escândalo de corrupção investigado pela Operação Hefesta.
Para o prefeito Orlando Morando, a mudança no projeto vai justificar os investimentos que já foram feitos e é um ganho para a população de São Bernardo do Campo, que passará a usufruir do espaço de maneira útil.
“Retornou a esperança em ter esse espaço preenchido com aquilo que a cidade realmente precisa”, disse. “Considero uma vitória o apoio do ministro para alterar o convênio e dar uma destinação digna e respeitosa para este local”, acrescentou.
A medida também foi elogiada pelo deputado federal Sílvio Torres (PSDB-SP). “É uma ótima iniciativa do prefeito Orlando Morando, primeiro porque, efetivamente, o objetivo do Museu e o gasto enorme que ele exigia era um objetivo partidário, quase que pessoal do Lula. A ideia vem do tempo em que o PT conseguia enganar o povo, se mostrando como responsável, que zelava pelo dinheiro público, pela ética. Mas tudo isso se desmascarou nos últimos três anos”, constatou.
O parlamentar ressaltou ainda o contrassenso que caracteriza um projeto que consumiu milhões de reais do dinheiro público e nunca foi terminado, considerando a profunda crise econômica que o Brasil enfrenta hoje.
“Pela situação em que se levou o país, a situação fiscal, da economia, se inviabilizou esse projeto megalomaníaco. Se não fosse a boa iniciativa do prefeito Orlando Morando, seria mais um recurso perdido em gastos mal direcionados. Agora, ele poderá ser recuperado e se transformar em um equipamento cultural importantíssimo para a população de São Bernardo, a exemplo do que já acontece na capital, onde várias Fábricas de Cultura prestam excelentes serviços para as comunidades”, completou Sílvio Torres.
* Com informações da Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).