Varejo estável mostra encerramento de ciclo negativo, diz Hauly
Para tucano, quadro de evolução precisa ser completado com a reforma tributária
As vendas do varejo brasileiro estiveram basicamente estáveis (0,0%) em julho, na comparação com o mês anterior. O resultado veio após três meses seguidos de alta no setor, e com expectativa de retração de quase 1%. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o desempenho varejista se mostra ainda mais evidente: a alta foi de 3,1%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira. Para o economista e deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o Brasil está encerrando um ciclo de regressão, após os equívocos econômicos da gestão petista.
“A recessão parece que está chegando ao fim. O que está acontecendo é que parou de regredir. Mas não significa que nós estamos crescendo como deveríamos. Então, tem todo um trabalho que está sendo feito e se deve fazer para que a economia volte a ter um círculo virtuoso. O que tem ajudado é o Congresso Nacional que tem feito a sua parte de reformas e isso tem sido realmente altamente benéfico até agora”, declarou.
O IBGE também estima com esse cenário de retomada, o crescimento do PIB em até 1% para 2017. O retorno do crédito, a inflação e os juros baixos, além da alta real dos salários são alguns itens que ajudam a impulsionar as vendas do comércio. O deputado Luiz Carlos Hauly ainda acrescenta a série de reformas inseridas no Brasil como responsáveis por retomar a economia. O tucano ressaltou como a aprovação da reforma tributária – da qual é relator – é importante para recuperar os agentes econômicos do Brasil.
“No meu ponto de vista, além da reforma trabalhista, da terceirização, do teto [dos gastos públicos] está falta a mãe das reformas, que é a reforma tributária. A economia vai sofrer um impacto positivo tão grande, que vai fazer com que os agentes econômicos voltem a existir no Brasil”, disse.
O desempenho do varejo foi impulsionado, principalmente, pelo setor alimentício. Os demais avanços foram registrados por tecidos, vestuário e calçados (0,3%); e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,4%). Na contramão, a área de combustíveis, artigos médicos, perfumaria e cosméticos, apresentaram uma leve queda no mês de julho. As atividades de móveis e eletrodomésticos (0,0%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,0%) acompanharam o resultado geral e mostraram estabilidade.