Vendas no varejo recuam 6,8% em 12 meses, a maior queda no setor desde 2001

Imprensa - 13/12/2016

Natal_Saara_Comercio_162Em mais um recorde negativo provocado pela crise econômica, o comércio varejista registrou a quarta queda seguida nas vendas. No mês de outubro, em relação a setembro, a retração foi de 0,8%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgadas nesta terça-feira. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma queda de 6,8% – o recuo mais intenso deste indicador do IBGE desde 2001.

O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) aponta que esses dados são preocupantes, especialmente a poucas semanas do Natal, período em que o consumo costuma crescer. O tucano lamenta a situação desfavorável da economia nesse momento, e atribui aos governos do PT a responsabilidade pela situação.

“Nós vivemos uma situação econômica no país derivada de 13 anos de incompetência na economia, um crescimento que se mostrou absolutamente insustentável nesses anos todos. E agora estamos pagando o preço por essa incapacidade de gestão”, disse Macris.

O desempenho ruim do varejo explica porque as vagas temporárias neste fim de ano também serão tão escassas. A queda de contratações nesse período em relação a 2015 será de pelo menos 3%, segundo a Federação Nacional das Empresas de Terceirização e Trabalho Temporário. Mas apesar das expectativas pessimistas, Macris assegura que o governo está buscando os meios necessários para conter o avanço da crise e do desemprego, os piores estigmas da sociedade brasileira hoje.

“É uma economia que está sendo recuperada a duras penas, a um preço muito pesado para a sociedade brasileira, mas há a necessidade de buscar alternativas. Mas há uma esperança de que a gente possa melhorar agora no ano de 2017. Já tem a questão da inflação, que está em um processo decrescente. Há uma possibilidade real de recuperarmos a economia”, apontou.

Segundo o IBGE, o recuo no varejo nacional entre os meses de setembro e outubro foi puxado para baixo especialmente pelas vendas nos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo, com queda de 0,6% nas vendas.

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13/12/2016