Venezuela tem intenso aumento de mortalidade infantil e de mulheres no parto

Diante de um cenário de crise política, econômica e social, cresce na Venezuela a mortalidade infantil e o número de mortes de mulheres em partos. Segundo estatísticas divulgadas pelo governo do país, o índice de óbitos de crianças cresceu 30% em dois anos, enquanto a morte de gestantes teve um salto de 65%. Também houve um grande aumento nos casos de doenças como malária e difteria, o que reflete o caos que toma conta do país sob o comando de Nicolás Maduro – aliado dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.
O deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG) avalia a gravidade da crise no país vizinho. “A gente assiste a Venezuela passando por um retrocesso completo que ameaça a democracia e atrapalha toda a população. É um desencaminhamento completo. É a derrocada da democracia, a falta de preceito econômico, a falta de estímulo na economia, a estruturação em segurança tanto política quanto jurídica, e essa questão tanto do desemprego quanto da inflação”, afirmou.
Há mais de um mês, a Venezuela vem sendo palco de manifestações de rua que terminaram em conflitos violentos, alguns com registros de mortes. Segundo a oposição, a crise é reflexo da falta de habilidade do governo para lidar com os problemas econômicos que há vários anos acompanham o país. A população também vive constantes racionamentos – entre eles, o de vacinas. O deputado Caio Narcio destaca a importância de um protagonismo do Brasil diante da situação.
“O Brasil tem que ser e precisa exercer isso, a liderança na potência do Mercosul. É o principal país, principal economia e precisa se posicionar de maneira forte para que sejam protegidos e preservados, assim como os valores de direitos humanos, fundamentais para qualquer acordo internacional. Eu entendo que o Brasil tem que jogar um papel de liderança e esse papel de se posicionar de maneira clara contra o que está acontecendo lá na Venezuela.”
Em uma pesquisa recente, 75% dos venezuelanos disseram que sua saúde piorou e que estão fazendo menos de duas refeições por dia. Em busca de sobrevivência, muitos vêm cruzando a fronteira com a Colômbia ou o Brasil para comprar remédios e buscar tratamento. Amazonas e Roraima foram dois Estados que decretaram situação de emergência para lidar com os estrangeiros procurando hospitais públicos em cidades fronteiriças.