Viagem internacional de petistas com dinheiro público é um “desserviço para a nação”, critica Gomes de Matos
Uma comitiva formada por quatro parlamentares do PT está em Bruxelas, na Bélgica, em uma viagem custeada com dinheiro público, para participar da Conferência Parlamentar de Esquerda. Eles justificaram que a viagem tem como objetivo “denunciar o golpe” supostamente ocorrido no Brasil com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
O grupo petista na Europa é composto pelos deputados Arlindo Chinaglia (SP), Carlos Zarattini (SP). Marco Maia (RS) e Ságuas Moraes (MT). As informações foram publicadas pela Coluna do Estadão nesta sexta-feira (21).
Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), o uso de dinheiro do contribuinte para uma viagem com propósitos partidários representa um “desserviço para a nação”. O tucano acredita que o real objetivo do grupo de parlamentares do PT com a viagem à Bélgica é o de desestabilizar o cenário político no Brasil.
“Esse comportamento, de ir no exterior, de tentar desestabilizar o nosso país, não deixa de ser um desserviço para a nação. E o pior é que [viajaram] utilizando recursos públicos, o que é ainda mais grave”, criticou o parlamentar, destacando ainda que a tese do suposto “golpe” defendida pelo partido no exterior não representa o que de fato aconteceu no país.
“O PT sempre faz um discurso e a prática é outra. Eles ficam insistindo de que houve golpe com o afastamento da ex-presidente Dilma, como se a Constituição não tivesse sido cumprida e como se o Supremo não tivesse presidido a sessão de afastamento”, ressaltou Gomes de Matos.
Discurso batido
O tucano ainda ressaltou que o discurso petista contra o impeachment não deve ter sucesso no exterior, uma vez que no próprio Brasil essa tese já foi desmontada no primeiro turno das eleições municipais, no qual o PT teve um dos piores desempenhos de sua história.
“A gente observa que nessas eleições já há um primeiro sinal de que a população não está mais dando crédito, não está mais confiando nas propostas nem nas palavras daqueles que integram o Partido dos Trabalhadores. O resultado [das eleições] já é um preâmbulo do que efetivamente vai acontecer em 2018. O fato é que não existe mais essa preferência do PT a nível nacional”, concluiu o parlamentar cearense.