‘A volta dos que não foram’, ironiza tucano

Notícias - 03/07/2017

Brasília (DF) – Não bastasse a insistência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de se colocar como candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República em 2018, mesmo sendo réu em cinco processos da Operação Lava Jato, a legenda dá mais um exemplo do desprezo de seus líderes pelas instituições e pelos brasileiros. Dessa vez, é a ex-presidente cassada Dilma Rousseff quem cogita se lançar à Câmara ou ao Senado nas próximas eleições. As informações são de nota publicada neste domingo (2) pelo blog do jornalista Lauro Jardim.

De acordo com o texto, a petista ainda não definiu à qual Casa Legislativa concorrerá no próximo ano. Vale lembrar que a cassação de Dilma Rousseff se deu após um longo e penoso processo para os brasileiros, que se encerrou em agosto de 2016. O pedido de impeachment, elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, teve como base o cometimento de crime de responsabilidade pela então presidente nas chamadas “pedaladas fiscais”, e a edição de decretos de abertura de crédito sem a autorização do Congresso Nacional.

As decisões tomadas por Dilma contribuíram para o descumprimento da meta fiscal de 2015, do qual o governo já tinha conhecimento, e para o acúmulo de débitos do Tesouro Nacional com os bancos públicos, com o único objetivo de maquiar a real situação das contas do governo, dando aos brasileiros uma falsa sensação de segurança na economia que culminou na maior recessão que o país já enfrentou em sua história.

O deputado federal Fabio Sousa (PSDB-GO) destacou que, apesar do processo de impeachment e da gravidade dos crimes cometidos, a ex-presidente Dilma não teve os seus direitos políticos cassados, graças a um “arremedo político”.

“Ela não teve os seus direitos políticos cassados. Deveria ter tido, pelo que diz a Constituição, mas fizeram um ‘remendinho’ lá no Senado e ela não teve. Como não teve os direitos cassados, ela tem direito de se candidatar. Agora, tem que ver se o pessoal do Rio Grande do Sul, do domicílio eleitoral dela, vai concordar em elegê-la”, afirmou o tucano.

Em seguida, Fabio Sousa acrescentou que: “A gente espera que, pelo menos dessa vez, ela consiga formular frases na campanha. Sem o João Santana [marqueteiro das campanhas petistas preso na Lava Jato] talvez ela tenha mais dificuldades”.

Para o parlamentar, se Dilma Rousseff decidir realmente se candidatar nas próximas eleições, provavelmente será como deputada. “Senadora não sei se ela terá coragem para isso”, avaliou ele.

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03/07/2017