“O Brasil fecha os olhos diante da violência com que o governo Maduro se comporta diante da oposição”, condena Aloysio Nunes
A presidente Dilma Rousseff deve deixar em segundo plano o pedido feito pelo presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, para que o Brasil reveja sua postura de apoio à Venezuela. A previsão é de que Dilma só deve avaliar a questão mais próximo da reunião do Mercosul, marcada para o dia 21 de dezembro, em Assunção, no Paraguai. Antes disto, porém, ela deve se encontrar com Macri na cerimônia de posse do argentino, que acontece no próximo dia 10.
Conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta quinta-feira (26/11), Dilma agirá com cautela diante das afirmações de Macri. O governo da petista vê as declarações do mais novo presidente vizinho como fruto do calor da campanha e acredita que deve esperar para ver como será a postura do argentino depois que ele assumir a presidência.
Macri pede a Dilma a exclusão da Venezuela do Mercosul, especialmente após opositores da política bolivariana de Nicolás Maduro terem sido presos, além das consecutivas violações de direitos humanos que acontecem no país.
Com a proximidade do pleito venezuelano, que será realizado no próximo dia 6, a preocupação é de que atentados a democracia sejam ainda mais comuns no país, visão compartilhada pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que também criticou a falta de posicionamento de Dilma Rousseff em relação a esta questão. “Esse silêncio se deve a uma afinidade ideológica com o bolivarianismo. O Brasil fecha os olhos diante da violência com que o governo Maduro se comporta diante da oposição. Sua truculência fica cada vez mais perigosa na medida em que a perspectiva de perder as eleições é cada vez mais evidente”, disparou.