O PT que vota contra o Brasil
Uma análise do comportamento do PT nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso
Brasília – Uma análise do comportamento do PT nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso mostra que os petistas, na oposição, votaram, de forma sistemática, contra os interesses do Brasil e dos brasileiros.
Na esperança de se eleger presidente da República em 1994, Luiz Inácio Lula da Silva liderou uma campanha contra o Plano Real, lançado por seu principal adversário naquela disputa eleitoral, Fernando Henrique, então candidato pelo PSDB, que acabou vencendo a eleição já no primeiro turno.
Além de ficar contra um plano que garantiu a estabilização econômica do país, depois de anos de hiperinflação, o PT prosseguiu em sua ação para desestabilizar o governo eleito, se posicionando contra a universalização do ensino fundamental, as privatizações e a democratização das telecomunicações, as reformas administrativa e da Previdência, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e Proer, que anos mais tarde ajudaria o governo Lula a enfrentar a crise econômica internacional sem maiores sustos.
Bastou os petistas chegarem ao Planalto para mudarem de opinião rapidamente e sem maiores cerimônias.
Até para tranquilizar o mercado financeiro e a fuga de investidores do país, a primeira providência de Lula, depois de eleito presidente em 2002, foi anunciar que a política econômica de seu antecessor seria mantida durante um período de transição.
O fato é que essa mesma política continua intocável até hoje, mas Lula finge que ela não foi uma herança bendita que recebeu de Fernando Henrique.
Quando o Plano Real completou 15 anos de vigência, a 1º de julho de 2009, a data foi comemorada com uma cerimônia solene no Senado.
O Palácio do Planalto guardou um silêncio retumbante sobre essa data. Será que vai manter o mesmo silêncio este ano, quando o país deverá comemorar a maioridade do Real?
Não se pode dizer que a postura que o PT manteve durante o governo de Fernando Henrique pegou o país de surpresa.
Em 1985, enquanto a Nação inteira saía às ruas para apoiar a eleição Tancredo Neves presidente, ainda que no colégio eleitoral, já que aquele era o único caminho viável para o fim do regime militar, o PT preferiu se abster na votação. E expurgou de seus quadros os três deputados – Airton Soares, José Eudes e Beth Mendes – que votaram em Tancredo.
Três anos depois, os petistas mais uma vez mostraram sua verdadeira face ao se recusarem a assinar a Constituição Cidadã, que consolidou o Estado Democrático de Direito no país, depois de 21 anos de ditadura.
Em 2003, ao assumir a Presidência, Lula viveu uma situação absurda: na frente do Congresso Nacional, jurou cumprir uma Constituição que ele se recusara a assinar, em 1988, juntamente com a bancada do seu partido na Assembleia Nacional Constituinte.