Oposição pede investigação do MP sobre lobby na Casa Civil

Ação destaca que informações divulgadas apontam para graves fatos ocorridos no Palácio do Planalto

Acompanhe - 14/09/2010

Ação destaca que informações divulgadas apontam para graves fatos ocorridos no Palácio do Planalto

Brasília (14) – Em representação entregue ao Ministério Público pelo líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), e pelo senador Alvaro Dias (PR), vice-líder do partido na Casa, a oposição cobra a adoção de providências a respeito de “graves fatos” envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.

De acordo com o documento, as informações divulgadas nos últimos dias indicam a possível ocorrência de crimes tipificados no Código Penal e nas leis de improbidade administrativa e do servidor público possivelmente praticados pela ministra em conjunto com familiares, assessores, servidores públicos, “laranjas” e amigos. Além de João Almeida e Alvaro Dias, assinam a representação o líder da Minoria na Câmara, Gustavo Fruet (PR), e o deputado Raul Jungmann (PE), vice-líder do PPS na Casa.

A oposição destaca a necessidade de apurar e esclarecer se a ministra realmente utilizou-se de seu cargo para viabilizar negócios em agências e empresas públicas para beneficiar seja seu filho, Israel Guerra, ou qualquer outra pessoa. De acordo com o documento, cabe ao órgão dirigido por Roberto Gurgel agir para defender a ordem jurídica, em especial no que diz respeito ao uso da máquina estatal para proveito pessoal e partidários.

Ainda segundo os parlamentares, as condutas descritas nas várias reportagens citadas na representação “não deixam dúvidas sobre a existência de um esquema de tráfico de influência e corrupção montado por servidores públicos lotados na Casa Civil da Presidência da República cujo grau de lesividade à moralidade pública e ao erário é muito alto”.

Esse quadro exige do Ministério Público, segundo a representação, todas as medidas cabíveis para eluciar os fatos e punir os envolvidos. Além disso, a oposição não acredita no desconhecimento dos fatos por parte da atual candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que antecedeu  Erenice na Casa Civil, como vem sendo alegado oficialmente. “A dinâmica das narrativas nos levam a crer que por se tratar de Erenice Guerra, servidora da mais alta confiança, é pouco provável que as condutas irregulares não fossem do conhecimento da candidata à Presidência da República então ministra de Minas e Energia e posteriormente Ministra da Casa Civil”, aponta trecho da representação.

veja a integra da ação

Fonte: Diário Tucano

Temas relacionados:

X
14/09/2010