Oposição pede investigação do MP sobre lobby na Casa Civil
Ação destaca que informações divulgadas apontam para graves fatos ocorridos no Palácio do Planalto
Ação destaca que informações divulgadas apontam para graves fatos ocorridos no Palácio do Planalto
Brasília (14) – Em representação entregue ao Ministério Público pelo líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), e pelo senador Alvaro Dias (PR), vice-líder do partido na Casa, a oposição cobra a adoção de providências a respeito de “graves fatos” envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.
De acordo com o documento, as informações divulgadas nos últimos dias indicam a possível ocorrência de crimes tipificados no Código Penal e nas leis de improbidade administrativa e do servidor público possivelmente praticados pela ministra em conjunto com familiares, assessores, servidores públicos, “laranjas” e amigos. Além de João Almeida e Alvaro Dias, assinam a representação o líder da Minoria na Câmara, Gustavo Fruet (PR), e o deputado Raul Jungmann (PE), vice-líder do PPS na Casa.
A oposição destaca a necessidade de apurar e esclarecer se a ministra realmente utilizou-se de seu cargo para viabilizar negócios em agências e empresas públicas para beneficiar seja seu filho, Israel Guerra, ou qualquer outra pessoa. De acordo com o documento, cabe ao órgão dirigido por Roberto Gurgel agir para defender a ordem jurídica, em especial no que diz respeito ao uso da máquina estatal para proveito pessoal e partidários.
Ainda segundo os parlamentares, as condutas descritas nas várias reportagens citadas na representação “não deixam dúvidas sobre a existência de um esquema de tráfico de influência e corrupção montado por servidores públicos lotados na Casa Civil da Presidência da República cujo grau de lesividade à moralidade pública e ao erário é muito alto”.
Esse quadro exige do Ministério Público, segundo a representação, todas as medidas cabíveis para eluciar os fatos e punir os envolvidos. Além disso, a oposição não acredita no desconhecimento dos fatos por parte da atual candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que antecedeu Erenice na Casa Civil, como vem sendo alegado oficialmente. “A dinâmica das narrativas nos levam a crer que por se tratar de Erenice Guerra, servidora da mais alta confiança, é pouco provável que as condutas irregulares não fossem do conhecimento da candidata à Presidência da República então ministra de Minas e Energia e posteriormente Ministra da Casa Civil”, aponta trecho da representação.
Fonte: Diário Tucano