Oposição pede investigação sobre Palocci no MP em São Paulo
Além de lavagem de dinheiro, senadores pedem investigação sobre sonegação fiscal por parte do ex-ministro
Além de lavagem de dinheiro, senadores pedem investigação sobre sonegação fiscal por parte do ex-ministro
Brasília (15) – Os líderes do PSDB, senador Alvaro Dias(PR), do DEM, Demóstenes Torres(GO) e os senadores Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) encaminharam à Procuradoria Regional da República, em São Paulo, uma notícia-crime com pedido para que o Ministério Público investigue o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, por suposta prática dos crimes de falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
No documento, os parlamentares pedem a apuração das denúncias publicadas pela revista Veja de que Palocci moraria em um apartamento cujo dono seria um laranja: Dayvini Costa Nunes, representante comercial com salário de cerca de R$ 700 mensais.“O que está descrito na reportagem consubstancia a engenharia mediante a qual o verdadeiro dono do bem pode dele usufruir sem declará-lo como seu, por razões várias, na hipótese, para diminuir as dificuldades do ex-ministro Palocci em explicar a incompatibilidade entre renda e patrimônio.O Ministério Público Federal dispõe de elementos indiciários mais que suficientes para iniciar uma investigação. Se o Ministério Público não agir com firmeza em situações como a que ora se narra, apartamento em nome de um suposto “laranja”, se abrir mão dos seus mandamentos constitucionais, estará dando golpe mortal e sepultando o Estado democrático de Direito que vige, ainda que capenga, no Brasil”, disseram os senadores no pedido de investigação.
Os senadores pedem ainda que sejam requisitados à Prefeitura de São Paulo documentos e informações referentes às atividades comerciais das empresas Lion Franquia e Participações Ltda. e Projeto Consultoria Financeira Econômica Ltda. De propriedade de Palocci, a Projeto foi o pivô das denúncias ao lucrar cerca de R$ 20 milhões de reais pagos por clientes que o ex-ministro insiste em manter em sigilo, alegando restrições de cláusulas de confidencialidade previstas em contratos. Antonio Palocci deixou o governo na última semana.