Padovani critica manifestações do MST em Curitiba: “estão desesperados, é o último cartucho deles”
Pelo terceiro dia consecutivo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e outros grupos sindicais simpáticos ao PT seguem protestando no centro de Curitiba na manhã desta sexta-feira (10). De acordo com matéria publicada pelo portal G1, os militantes bloquearam completamente a rua localizada em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Formado por cerca de 1.200 pessoas, segundo os organizadores, o grupo protesta contra o impeachment de Dilma Rousseff e o governo do presidente em exercício Michel Temer. Os atos vêm causando vários problemas na região central da capital paranaense, especialmente em relação ao tráfego de veículos.
O deputado federal Nelson Padovani (PSDB-PR) acredita que não só as manifestações em Curitiba, mas também outros atos realizados pelo MST em defesa de Dilma, são o último recurso encontrado pelos aliados do PT para tentar, desesperadamente, barrar o impeachment.
“Estão querendo sensibilizar os senadores, a classe política, para voltar atrás. Eles [manifestantes] estão desesperados, pensam que nesta movimentação com a sociedade brasileira, trazendo a violência, o medo, a insegurança, eles [senadores] vão mudar. É o último cartucho deles, porque no Congresso eles não têm força política. Eles vão para as ruas, com essa violência toda, parar os pedágios, atear fogo em ônibus, caminhões”, afirmou o parlamentar.
“Precisamos, nós do Congresso, ter o equilíbrio, saber que eles vão fazer pior do que isso, às vezes, mas nós temos que estar preparados para passar essa fase, do afastamento definitivo da presidente, e retomarmos a economia, para buscar uma coisa que é mais importante do que se preocupar com eles: buscar os 11 milhões de desempregados que estão precisando novamente de trabalho”, acrescentou.
A reportagem do G1 destaca, ainda, que o MST também protesta em outros pontos da região metropolitana paranaense, como a sede da Petrobras, a Refinaria Getúlio Vargas (Repar) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre outros. Para Padovani, o MST só tem condições de realizar manifestações desta magnitude em razão dos milionários recursos repassados pelo governo federal à entidade durante os últimos anos.
“Não há movimentos, não há grupos, se não tiver quem financia. Enquanto não cortar esses financiamentos, vai continuar”, argumentou. “O que é preciso é o governo tomar uma posição urgente: parar de dar dinheiro para esses segmentos. Assentamentos que recebem e não têm uma aplicação devida desviam exatamente para essas concentrações. O caminho é curto: é só parar esses financiamentos”, completou o tucano.
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