Para deputado João Castelo, Brasil corre sério risco de novo apagão

Acompanhe - 04/05/2016

dep João Castelo FOTO - PSDBnaCamaraA política energética do governo da presidente Dilma Rousseff foi marcada pela falta de planejamento e imposição de normas ineptas que causaram grande insegurança entre empresas e investidores. Hoje, o maior gargalo do setor elétrico é a deficiência de transmissão, o que ameaça a segurança do abastecimento de energia no Brasil, como mostra reportagem do jornal Estado de S.Paulo publicada nesta quarta-feira (4).

Após inúmeros adiamentos por falta de interessados, o governo realizou no início de abril um leilão de transmissão, mas apenas 58% dos lotes foram vendidos. O deputado federal João Castelo (PSDB-MA), membro da Comissão de Minas e Energia na Câmara, lamentou a situação crítica do setor elétrico no país e afirmou que o Brasil corre sérios riscos de um novo apagão.

“É lamentável, o governo da presidente Dilma foi um ‘engodo’, enganou toda a população e estamos vendo o resultado aí. O governo jogou dinheiro do BNDES em obras em hidrelétricas em países onde o PT tem aliados e são contra a democracia. Esse risco de apagão a gente corre há muito tempo, a situação tem se agravado e, se o país não tomar uma providência urgente, podemos ser surpreendidos, porque os recursos que tínhamos foram investidos nesses países em hidrelétricas e termoelétricas através do BNDES. Esse dinheiro deveria ter sido investido no Brasil pela urgência que temos, agora só nos resta corrigir isso e botar para fora esse governo desonesto”, disse o tucano, se referindo às obras das hidrelétricas de San Francisco e Manduriacu (Equador), de Chaglla (Peru), e de Tumarín (Nicarágua).

De acordo com a reportagem, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que, dos 351 projetos de linhas de transmissão de energia em construção no país, 60% estão atrasados. A redução de atrasos nas obras, inclusive, foi mais uma promessa do governo petista que não saiu do papel e resultou em perdas para todos os operadores do sistema e ônus para os consumidores.

Um exemplo disso é a Usina Hidrelétrica Teles Pires instalada na divisa entre o Pará e Mato Grosso. Com capacidade de 1.802 megawatts (MW), a hidrelétrica está praticamente concluída, mas não pode gerar energia a plena carga por falta de linhas de transmissão. Segundo o Estadão, das cinco turbinas da usina instaladas, apenas uma, de 364 MW, está em funcionamento, usando uma linha de transmissão provisória.

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04/05/2016